Aos 81 anos, Iyagunã Dalzira Maria Aparecida defendeu com sucesso sua tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.

A idosa, que é sacerdotisa do candomblé, inspirou – e provou! – para seus colegas que nunca é tarde demais para realizarmos nossos sonhos.

Para sua tese, Iyagunã escolheu como tema “Professoras Negras, Gênero, Raça, Religiões de Matriz Africana e Neopentecostais na educação pública”, aprofundando-se no doutorado.

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“É um divisor de águas para o conhecimento unir os saberes tradicionais africanos com outras saberes, sobretudo num sociedade que legitima e respeita a produção científica”, comentou a mãe de santo.

Natural de Guaxipé (MG), Iyagunã nasceu em 1941 (no auge da Segunda Guerra Mundial).

Na infância, não teve a oportunidade de estudar, algo de luxo para a época – em que apenas os homens iam para a escola enquanto as mulheres, enquanto papel social, se dedicavam à vida de esposa, mãe e dona de casa.

Iyagunã foi alfabetizada aos 13 anos com a ajuda do pai.

Em 1968, quando tinha 27 anos, a sacerdotisa se mudou para o Paraná onde foi trabalhar nas lavouras de café e garantir o sustento dos 7 filhos.

Aos 47, após retornar à escola, Iyagunã concluiu o ensino fundamental por meio do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Dezesseis anos mais tarde, ingressou na universidade no curso de Relações Internacionais. Dedicada, concluiu a graduação, o mestrado e o doutorado focado nos saberes do candomblé na atualidade.

Que venha o PHD, Iyagunã!!!

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Fonte: Plural Curitiba






Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.