Post de pediatra mostrando rotina de uma mãe solo choca e comove internautas na web

No final do mês passado, o pediatra Daniel Becker, do Rio de Janeiro (RJ), compartilhou um texto poderoso que chama atenção para a exaustão e solidão das mães solo.

No post, acompanhado de algumas imagens, é possível ver uma mãe acordando várias vezes durante a madrugada para monitorá-los e parece exausta com a situação.

“Milhões de mães vivem isso sem que ninguém no seu entorno saiba. Não é humanamente possível suportar isso todos os dias sem apoio. A exaustão e o isolamento são causas comuns de depressão, adoecimento físico e mental nas mulheres, nesse puerpério que se prolonga por meses e que continua com o nascimento de um outro filho”, declarou o médico na publicação que recebeu mais de 12 mil comentários – a maioria de mulheres que passam pelas mesmas situações.

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“Essa reação tão significativa mostra o quanto é invisível na sociedade a questão do sofrimento, do isolamento, da exaustão, da falta da rede de apoio, da privação de sono que muitas mulheres encaram durante maternidade”, disse Daniel à Revista Crescer.

Hoje, 11 milhões de mães criam seus filhos sozinhas no Brasil, de acordo com o IBGE. Apenas no primeiro semestre de 2020, mais de 80 mil crianças foram registradas sem o nome do pai, segundo a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional).

Daí o termo mãe-solo, amplamente difundido para definir as mães que são inteiramente responsáveis pela criação de seus pequenos. Muitas não escolheram essa realidade, mas precisam enfrentá-la.

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“Elas se dividem entre o trabalho e cuidar da casa e dos filhos. Conheço algumas que vivem na pele o drama de criar um filho sozinha e não há nada de glamouroso nisso”, disse o pediatra.

E, afinal de contas, há incontáveis desafios em criar um filho sem um companheiro: além do desgaste físico e mental, mais cedo ou mais tarde ele (ou ela) vai querer saber por que o pai não é presente, a mãe não vai ter liberdade, dificilmente terá com quem dividir as tarefas, vai ter que buscar fazer o papel de pai e mãe ao mesmo tempo (o que é humanamente impossível), entre outros.

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Fonte: R7

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.