Mobile gaming: o smartphone é a nova plataforma para jogar

Ao pensar em jogos eletrónicos, automaticamente a nossa mente visualiza uma consola ou um computador, já que estas foram as principais plataformas para estes jogos durante as últimas décadas. No entanto, um oponente à altura surgiu para romper a polaridade e lutar pelo primeiro lugar no pódio, o smartphone.

Há anos que os telemóveis são melhorados e ganham novas funcionalidades. Começou com um objetivo claro de levar ao dispositivo móvel as tarefas do computador de mesa. Com isto, algumas ações, como enviar e receber um e-mail, começaram a ser adicionadas a cada nova geração de telefones móveis.

O número de funcionalidades não parou de aumentar. Primeiro, os telemóveis tornaram-se verdadeiras câmaras capazes de captar imagens e vídeos em alta qualidade. Com o avanço no campo dos processadores e da resolução do ecrã, os dispositivos móveis transformaram-se em consolas móveis e apresentaram uma nova forma de jogar.

Um mercado tentador

A importância dos telemóveis na indústria dos videojogos reflete-se nos números. Um estudo divulgado pelas empresas data.ai e Data Corporation (IDC) indica que o valor do segmento mobile gaming será de 136 mil milhões de dólares em 2022. O número impressiona, no entanto, fica ainda mais imponente quando colocado em perspetivava com o valor total do mercado de videojogos, que ronda os 222 mil milhões de dólares. Isto significa que 60% do valor da indústria está nas aplicações para telemóvel.

Com efeito, o aumento da importância do smartphone para o mercado gaming pode ser justificado pelo hábito que a maioria da população compartilha: levar o telemóvel a todo o lado. Esta vantagem absoluta dos dispositivos móveis sobre os seus principais concorrentes é fundamental para entender como os videojogos viraram um passatempo para todas as horas.

É preciso destacar que por mais que este seja um fenómeno global, o principal continente em termos de utilizadores e faturação é o asiático. Países como a China e o Japão são alguns dos mercados com mais receitas, respetivamente ocupando o 1º e 3º lugar nas listas de receitas totais.

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Os favoritos dos utilizadores

O valor do mercado oferece uma ideia do tamanho do mesmo. O catálogo das principais lojas de aplicação é extremamente variado. É possível dizer que existe um título para cada gosto. No entanto, existem sempre os preferidos.

No topo da lista estão os títulos do género Battle Royale, que oferecem aos jogadores uma mistura de exploração, procura por recursos, criação e combate; em seguida, os jogos de MOBA (Multiplayer Online Battle Arena), que são aqueles que colocam os competidores frente a frente numa arena de batalha online, na qual a estratégia e a habilidade serão determinantes; em terceiro lugar, os jogos de RPG, um clássico que continua em alta nos telemóveis.

Dentro de cada género apresentam-se títulos com imensa notoriedade. Começando pelo Battle Royale, aqui os principais são Free Fire e PUBG Mobile, de destacar que o segundo é um dos fundadores do género nos computadores. No segmento das batalhas em arenas, os destaques ficam por conta do Clash Royale e Vainglory. Já os RPGs são representados por títulos como Pokémon Masters e Baldur’s Gate.

Das mesas para os ecrãs

Os jogos originários dos casinos também estão presentes no ambiente digital. Este género é classificado como iGaming e oferece todas as modalidades que ganharam fama nos salões de jogos, como blackjack, roleta e, claro, as slots machines.

A aposta pelo tradicional é a opção das principais operadoras do setor, no entanto, apoiadas na tecnologia, são criadas vertentes novas dos clássicos, como nas slots machines, que ganharam um sem-fim de novos designs e temas. Qualquer casino busca inspiração nos mais variados cantos, como as antigas civilizações, grupos musicais ou séries populares, para criar novos mundos nas slots. Vale tudo na hora de ampliar a oferta aos utilizadores.

Os videojogos agora estão num triângulo de plataformas: consolas, PCs e telemóveis. O crescimento dos dispositivos móveis é o grande responsável pela democratização do universo gaming, que trouxe um público novo ao segmento, em especial o feminino, que decanta por jogos do género Puzzle, como Candy Crush e Royal Match.

Em suma, o telemóvel revolucionou as telecomunicações, a fotografia, as redes sociais e também o mercado dos videojogos. As principais empresas do mercado gaming já se estão a mexer para conquistar o seu espaço neste lucrativo segmento. Um exemplo disso é a Sony, que pretende expandir a sua presença no mercado mobile e criar versões mobile dos videojogos das consolas.






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