
Um ponto do calendário astronômico já está circulado: 2 de agosto de 2027. Nessa data, um eclipse solar total vai apagar a luz do dia por mais de seis minutos em regiões específicas do planeta — uma chance rara para quem quer ver o Sol encoberto por completo e, ao mesmo tempo, acompanhar pesquisas que só são possíveis nessas breves janelas.
O alinhamento perfeito entre Sol, Lua e Terra fará a sombra lunar percorrer primeiro o Atlântico e, em seguida, alcançar o norte da África. Marrocos está no caminho central e o Egito terá um cenário simbólico: o escurecimento ao redor das pirâmides de Gizé, onde história e observação científica se cruzam.
A faixa de totalidade continua pelo Mediterrâneo, toca áreas do sul da Europa — incluindo trechos da Península Ibérica —, avança pelo Oriente Médio e por partes da Ásia antes de se dissipar sobre o Índico.

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A duração do fenômeno muda com a posição do observador. No ápice, alguns pontos terão cerca de 6 minutos e 22 segundos de escuridão total, marca que coloca o evento entre os mais extensos do século. Para comparação, o eclipse de 11 de julho de 1991 alcançou 7 minutos e 2 segundos sobre áreas do México e da América Central.
O calendário recente reforça a excepcionalidade do período. Em 12 de agosto de 2026, um ano antes, haverá outro eclipse total em regiões do hemisfério norte. Em 2028, a sequência segue com um eclipse anular, o chamado “anel de fogo”, quando a Lua não cobre o disco solar por completo e deixa uma borda brilhante.
Para a ciência, 2027 abre uma janela de observação valiosa. Durante a totalidade, a coroa solar — camada externa e difusa da atmosfera do Sol — fica visível a olho nu (sempre na fase total e com segurança adequada nos demais momentos).
É nessa etapa que equipes medem variações de temperatura e dinâmica do plasma, dados que ajudam a compreender o clima espacial e seus impactos em satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação.
Cidades na rota central já se movimentam. Órgãos públicos e universidades trabalham em mapas de visibilidade, campanhas educativas e protocolos de segurança para o uso de filtros certificados.
A expectativa é de grande fluxo de visitantes, com pacotes de viagem, observatórios temporários e transmissões ao vivo organizadas por centros de pesquisa e clubes de astronomia.
Quem assistir do local certo perceberá mudanças rápidas: o brilho do dia diminui em segundos, a temperatura tende a cair e aves, insetos e outros animais podem alterar o comportamento como se o entardecer tivesse chegado. Ventos podem oscilar e estrelas e planetas mais brilhantes podem aparecer no céu por um curto período.
Para aproveitar sem riscos, vale o básico que nunca muda: óculos com certificação internacional para todas as fases parciais, nada de olhar diretamente para o Sol sem proteção adequada e atenção às orientações locais de segurança.
Assim, a observação rende fotos, dados e relatos — e mantém a visão em perfeito estado para o próximo evento da lista.
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