Arsênio é encontrado no organismo do marido e do filho de mulher acusada de envenenar bolo – dosagem foi cavalar, segundo polícia

Em um caso que chocou a cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, novas evidências apontam para um possível envenenamento em série.

Deise Moura dos Anjos, acusada de assassinar três parentes com um bolo envenenado na véspera de Natal, agora também é suspeita de tentar matar o próprio marido e filho.

Exames toxicológicos revelaram a presença de arsênio, um potente veneno, na urina de Diego, marido de Deise, e do filho do casal, de apenas 10 anos.

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A descoberta alarmante foi feita após o Instituto-Geral de Perícias (IGP) analisar amostras de urina enviadas a um laboratório do Ministério da Agricultura. A polícia confirmou que a dosagem de arsênio encontrada foi “cavalar”, indicando uma tentativa clara de intoxicação.

As suspeitas recaíram sobre Deise após o marido e o filho apresentarem sintomas de intoxicação alimentar em ocasiões distintas: Diego em outubro, após consumir um alimento não especificado, e ambos em dezembro, depois de ingerirem suco de manga.

Este novo capítulo se soma a uma investigação já complexa e macabra. Deise está presa desde o Natal, acusada de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas e na intoxicação de outras três, incluindo sua sogra, Zeli Teresinha dos Anjos. Zeli, confeiteira que preparou o bolo, sobreviveu ao envenenamento, mas outras duas pessoas, não identificadas pela polícia, não tiveram a mesma sorte.

A investigação policial, que conta com análise de evidências digitais, revelou um histórico perturbador. Buscas no celular de Deise mostraram que ela pesquisou por “veneno para matar humanos” e “arsênio” semanas antes dos crimes. A polícia também descobriu que ela comprou arsênico em pó pela internet, o mesmo veneno encontrado no bolo e que teria sido usado para matar o sogro de Deise, Paulo, em um episódio anterior.

Paulo, marido de Zeli, morreu após consumir café com leite em pó supostamente oferecido por Deise. A exumação do corpo confirmou a presença de arsênio, reforçando as suspeitas contra a nora. O relacionamento conturbado de Deise com a família do marido, especialmente com a sogra e o sogro, é apontado como possível motivação para os crimes.

Com a descoberta do arsênio no organismo do marido e do filho, a polícia agora investiga se Deise tentou eliminar testemunhas que poderiam incriminá-la. O IGP também está analisando garrafas de água que Deise teria levado para Zeli durante sua internação após o envenenamento pelo bolo. A polícia não descarta a possibilidade de encontrar arsênio nesses recipientes.

Diante das evidências, a Polícia Civil acredita que Deise possa ser uma assassina em série. Além das quatro acusações de homicídio, ela pode responder por outras seis tentativas de assassinato, incluindo as do marido, filho e das outras três pessoas que sobreviveram ao bolo envenenado.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.