
Uma história recente chocou o mundo e levantou sérias preocupações sobre a saúde pública: Marie Trainer, moradora de Ohio, EUA, teve seus braços e pernas amputados após contrair uma infecção rara transmitida pela saliva de seu cachorro.
O caso acendeu um alerta vermelho para os perigos, muitas vezes ignorados, de interações aparentemente inofensivas com nossos amigos de quatro patas.
Tudo começou quando Marie, ao retornar de férias, foi recebida com efusivos “beijos” de seu cãozinho. Mal sabia ela que um pequeno corte em sua mão, combinado com as lambidas do animal, desencadearia uma tragédia.
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Dias depois, Marie passou a sentir-se mal, com sintomas inicialmente confundidos com uma gripe. Seu estado, porém, deteriorou rapidamente, levando-a a um coma e a uma luta desesperada pela vida.
A culpada por essa reviravolta dramática? Uma bactéria chamada Capnocytophaga canimorsus, presente na saliva de cães e gatos. Em circunstâncias normais, essa bactéria não causa grandes problemas.
No entanto, ao entrar na corrente sanguínea através de um ferimento, pode provocar uma reação imunológica severa, levando à formação de coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo para os membros. Infelizmente, foi exatamente isso que aconteceu com Marie.
Estudos recentes da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State) reforçam a importância de se ter cautela ao interagir com cães.
Sophia Kenney, autora de um desses estudos, destaca que, diferentemente do que ocorre com outros animais, como vacas e galinhas, permitimos que os cães compartilhem nossas camas e lamberem nossos rostos, o que aumenta consideravelmente o risco de transmissão de doenças.
O Hospital Veterinário Falls Village, na Carolina do Norte, explica que o comportamento canino de lamber, cheirar e comer de tudo faz com que suas bocas se tornem verdadeiros depósitos de bactérias perigosas, como E. coli e Salmonella.
Além disso, parasitas como a giárdia também podem ser transmitidos pela saliva dos cães, causando problemas gastrointestinais tanto nos animais quanto em seus donos.
Embora adultos saudáveis geralmente possuam um sistema imunológico capaz de lidar com a maioria desses microrganismos, o risco de infecções graves, como a que acometeu Marie, é real e não deve ser ignorado. Pessoas com o sistema imunológico fragilizado ou com feridas abertas devem ter cuidado redobrado ao interagir com seus pets.
Marie Trainer, apesar de tudo, demonstra grande força de vontade e positividade em sua jornada de recuperação. Adapta-se à vida com próteses e segue firme na fisioterapia, reaprendendo a realizar tarefas cotidianas.
Lembre-se: a prevenção é o melhor remédio. Evite beijos e lambidas de seu cão, principalmente em áreas com ferimentos. Lave as mãos com frequência após interagir com seu pet e mantenha suas vacinas em dia.
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