Trump liga para Lula e conversa não sai como esperado por muitos

A ligação de cerca de meia hora entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, nesta segunda (6/10), foi desenhada para abrir uma trilha de entendimento, mas terminou com sinais mistos e sem anúncio de medidas imediatas. A conversa ocorreu em meio ao encarecimento de barreiras comerciais e ao esfriamento político entre Brasília e Washington.

Além de Lula, participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Secom), o que deu ao telefonema um caráter de diálogo de governo, e não apenas gesto protocolar.

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Do lado brasileiro, o recado foi direto: revogar tarifas que hoje chegam a até 40% sobre exportações nacionais e retirar sanções aplicadas a autoridades. Para manter o canal quente, os dois trocaram contatos de linha direta e concordaram em retomar o debate pessoalmente “em breve”.

Lula sugeriu que o primeiro encontro ocorra no fim de outubro, à margem da cúpula da Asean, na Malásia, e reiterou o convite para que Trump participe da COP30. O ex-presidente dos EUA indicou disposição para seguir conversando, mas sem prometer alívios imediatos, o que esfriou expectativas de quem aguardava um gesto rápido sobre tarifas.

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No fim de setembro, os dois já haviam se cumprimentado rapidamente em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, quando combinaram tratar do tema das sobretaxas — que, conforme o produto, foram descritas por interlocutores como variando de 40% a 50%.

A videoconferência desta segunda buscou transformar aquele aperto de mão apressado em negociação com pauta definida.

O pano de fundo segue turbulento. Washington elevou tarifas e adotou sanções em meio a tensões políticas internas. Paralelamente, aliados de Trump têm pressionado por mudanças em frentes sensíveis para o Brasil, como cobranças ao STF relacionadas a processos envolvendo Jair Bolsonaro e debates sobre regulação de big techs.

O republicano, que mantém proximidade com o ex-presidente brasileiro, disse ter sentido “boa química” com Lula e acenou com a possibilidade de um encontro presencial ainda neste mês, possivelmente durante a reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático na Malásia.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.