
A discussão sobre paracetamol na gravidez voltou ao centro das atenções após declarações de Donald Trump ligando o Tylenol a um suposto aumento de diagnósticos de autismo.
A fala ganhou tração porque pessoas próximas a ele cogitam orientar gestantes a evitar o medicamento, exceto em casos de febre.
O paracetamol é um dos analgésicos e antitérmicos mais usados do mundo, vendido sem prescrição em vários países. Qualquer mudança de orientação mexe com milhões de usuárias e com o mercado.

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A Kenvue, dona do Tylenol, reagiu dizendo que não há evidências científicas confiáveis que sustentem essa associação e demonstrou preocupação com o efeito desse debate entre grávidas; as ações da empresa chegaram a cair 4,6% no pré-mercado.
O que a ciência traz até aqui: existem estudos observacionais que apontam associações entre exposição pré-natal ao paracetamol e alguns desfechos do neurodesenvolvimento, mas os trabalhos enfrentam limitações importantes — dose, tempo de uso, motivos do uso e outros fatores de confusão dificultam atribuir causa e efeito. Especialistas cobram análises mais robustas antes de qualquer diretriz restritiva.
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Para quem está grávida, a regra segura continua valendo: nada de automedicação. Uso de analgésicos e antitérmicos deve ser decidido com o profissional do pré-natal, ponderando benefícios e riscos caso a caso.
Se surgirem orientações oficiais, a tendência é focar em uso criterioso, situações excepcionais (como febre alta) e comunicação clara para evitar alarme desnecessário.
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