Pode parecer uma obviedade, mas para muitos não é. Na nossa sociedade, a cada dia mais, o discurso meritocrático tem transformado em senso comum a ideia de que o sucesso depende exclusivamente do talento e esforço pessoal e do trabalho de cada um, mascarando a desigualdade de condições existente (tanto para empreender quanto para se formar para o mercado de trabalho).
Na contramão dessa ideologia que aponta como causa do “sucesso” qualidades ou características individuais, a pesquisa a seguir (divulgada pela Superinteressante) aponta que as “dotações genéticas” (genes que conferem altas capacidades de aprendizado e inteligência) estão distribuídas quase igualmente entre as crianças vindas de famílias de baixa e alta renda. O “sucesso”, contudo, não.
Para constatar isso, Kevin Thom, economista da New York University, utilizou a base de dados genéticos de uma pesquisa que avaliou o genoma de mais de 1 milhão de pessoas, e o relacionou a diferentes potenciais de aprendizado. Essa pesquisa comprovou que há pessoas com genes que conferem altas capacidades de aprendizado, e isso está distribuído em todas as classes sociais.
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