Silvero Pereira, hoje consagrado, tem orgulho da mãe lavadeira e pai pedreiro: “Graças ao esforço deles”

Há pessoas que, ao alcançarem a fama e o reconhecimento, acham que deve esconder o seu passado e a sua luta e fingir que a glória é algo gratuito e natural. Não é o caso do ator Silvero Pereira, que afirma:

“Quem vê glória ou fama não se importa com sua história, com sua origem. Na maioria das vezes só te cobram pelo lugar que chegou, não de onde saiu ou do seu percurso”.

Sua carreira iniciou-se ainda na adolescência, aos 17 anos. O caminho para a fama teve um grande impulso em meados de 2017, quando deu vida ao personagem Nonato na novela “A Força do Querer” (Rede Globo). Dois anos depois, tornou-se festejado pela crítica por sua atuação no filme “Bacurau”. Hoje, o ator fazer enorme sucesso interpretando Zaquieu, do remake de “Pantanal”. O ator, contudo, faz questão de evidenciar a sua origem humilde e de honrar os seus pais.

Ele nasceu em Mombaça, no Ceará, e precisou enfrentar muitas dificuldades antes de conhecer a fama. “Sou um garoto que vem de uma família pobre, de uma mãe analfabeta, lavadeira, de um pai pedreiro. E foi graças ao esforço deles que eu consegui me tornar e ser valorizado como artista”, contou Silvero, visivelmente emocionado, em participação no programa “Altas Horas”

Sobre a família, ele fez uma publicação muito tocante, falando da conexão com sua terra natal e com seus familiares:

“Esses FDS fiz um detox de rede social , resolvi esquecer o celular e visitar minha família na minha cidade natal, Mombaça. O objetivo era buscar uma conexão verdadeira, um lugar onde me sinto amado, onde pessoas que sabem exatamente das dores que passamos para as conquistas que chegamos!

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Ouvir minha mãe falar de todas as dificuldades que passou para tentar educar os filhos, das diversas humilhações que enfrentou por ser de origem pobre e mesmo assim não baixar a cabeça e seguir firme construindo uma família com base na honestidade e no amor.

Ouvir essas coisas me faz botar o pé na terra e perceber de onde vem minha força, meus medos , minha dor e, principalmente, porque toda vez choro com as conquistas que realizo, pois elas não são minhas, elas são por tudo que tivemos que passar.- um dia você não me convidou pro aniversário porque eu não tinha presente pra dar;
– outro dia fui expulso de sua casa onde eu só queria assistir televisão;
– Você se lembra do dia que me chamou de fedorento ou mal vestido? ;
– e o dia que me negou um biscoito do seu pacote?
– ou das vezes que eu não podia brincar porque precisava trabalhar e ajudar nas despesas de casa

Enfim, a lista é grande porque, de fato, quem vê glória ou fama , não se importa com sua história, com sua origem

Na maioria das vezes só te cobram pelo lugar que chegou, não de onde saiu ou do seu percurso!!!!”

Talvez seja como legítimo representante nordestino da cultura brasileira que ele tenha, no programa Altas Horas, escolhido a música de Belchior para dizer mais da sua alma:

Assim como na música que ele cantou, trata-se de um “sujeito de sorte”! Sorte de valer-se de sua força e garra e de não vergar-se diante das dificuldades da vida!

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