Seja mais segura de si e menos senhora dos outros

Texto de Pamela Camocardi originalmente publicado em Conti Outra

Nos dias de hoje, não é nada fácil ser segura de si. As capas de revistas estampam um manequim 38, produtos de beleza são lançados diariamente e até o modo de falar é ensinado em cursos online. Mas a verdade é que, uma mulher segura de si, valoriza a própria história e sabe que o amor próprio nunca será encontrado em uma embalagem de cosméticos.

Uma mulher segura de si aceita-se como é, respeita-se como merece e vive como quer. Entende que a aprovação dos outros são limitadas às visões de vidas delas e que não exercem poder algum sobre sua vida.

Mulheres seguras de si são incríveis porque não se abalam com os julgamentos alheios. São determinadas e possuem opiniões próprias. Não seguem tendências, ditam-as e sabem que, diferente do caráter, maquiagem sai com água e sabão.

Sinceramente me surpreendo quando penso que grande parte das pessoas se abalam com o julgamento alheio. As pessoas se acomodaram diante da ideia de que a opinião dos outros é parâmetro para medir o bom senso das atitudes e isso é, no mínimo, assustador.

Sem lógica alguma, as pessoas seguem os conselhos alheios como leis soberanas: “não use roupa curta para não provocar o desejo dos homens”, “não entre em uma discussão para não parecer vulgar” e “use salto alto para ser elegante” são apenas alguns dos conselhos preconceituosos que a sociedade prega como o “manual da mulher perfeita”.

Uma mulher segura de si não segue padrões pré-estabelecidos por sociedade alguma. Respeita a própria história, não tolera agressões, preconceitos ou “brincadeiras” ofensivas e sabe que o amor próprio é a forma mais genuína de amor.

Na liquidez atual dos compromissos, na insegurança de nossas convicções e na entrega sem limite ao amor que alguns de nós praticamos, temos muito o que aprender com as mulheres seguras de si. A gente acaba deixando projetos pessoais, amizades, diversão e até a própria personalidade de lado em nome das opiniões alheias e, claro, sofremos amargamente por isso.

Precisamos abraçar a liberdade de sermos quem quisermos e nos sentirmos felizes com isso. Precisamos entender que não somos rótulos e que a responsabilidade dos nossos atos estão nas nossas mãos. Em outras palavras: ser segura de si é muito mais sobre viver intensamente a vida do que ser espectadora dela.






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