“Romantização da pobreza é uma falta de vivência”, afirma professor Cortella

Mario Sergio Cortella tem um programa diário no qual fala, em menos de 3 minutos, sobre temas atuais e relevantes.

Uma dessas falas teve grande repercussão nas redes sociais. Ele reflete sobre a chamada “tolice elogiosa”. Segundo o professor, trata-se de uma visão distorcida que romantiza a simplicidade, quando, na prática, essa simplicidade é carência, miserabilidade.

Transcrevemos logo abaixo a fala do professor Cortella:

“Pensar bem nos faz bem, então vamos pensar um pouco sobre ‘tolice elogiosa’. A visão distorcida. O que conduz, pela falta de vivência, a entortar a concepção de fato que a vida de muita gente coloca. Por exemplo, a romantização da simplicidade quando essa simplicidade é carência, é miserabilidade.

Muitas vezes se fala a importância de se entender a pobreza como sendo muito mais possuidora de momentos de felicidade porque permitiria uma vida mais simples.

Insisto, simplicidade é diferente de simploriedade, de carência, de miserabilidade. Por isso, é evidente que uma pessoa que tem menos apegos a coisas materiais ela tenha uma possibilidade maior até de liberdade. Mas há uma diferença entre ter menos apego e não ter possibilidade de acesso. Por isso, essa romantização que vez ou outra se faz em relação ao mundo daquilo que é a pobreza é sim uma falta de vivência, de não passar pela experiência concreta do que vitima tantas pessoas.

Por isso, a marquesa du Deffand, que é uma francesa nascida em 1697 e que trocava muitas correspondências com pensadores da época, ali dentro do iluminismo francês, num conjunto de cartas que ela escreveu para Voltaire, numa escreveu a marquesa de Deffand: “Todos os que dizem que se pode ser feliz e livre na pobreza são mentirosos, loucos ou tolos”.

Não é que a felicidade não caiba, mas ela não é facilitada pela pobreza.”

Para ouvir essa reflexão do professor Cortella diretamente na Rádio CBN, acesse Aqui.

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