Pesquisadores do cearenses se mobilizam para  enviar pele de tilápia ao Líbano para tratar queimaduras de vítimas de explosão

Segundo publicado pelo site G1, uma grande iniciativa se deu no Ceará. Pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), se mobilizam para sensibilizar as “autoridades brasileiras a facilitar o envio de todo o estoque de 40 mil cm² de pele de tilápia, para ajudar as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, que deixou 4 mil feridos e mais de 100 mortos nesta terça-feira (4). A pesquisa é realizada no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), sob coordenação do Dr. Odorico de Moraes” (G1).

Segundo vem sendo comprovado pelos cientistas brasileiros, estudos desenvolvidos pela UFC mostram que o uso da pele de tilápia em queimaduras de 2º e 3º graus e lesões na pele agem como um “curativo biológico” no processo de cicatrização. Essa eficácia se comprovou por meio de estudos clínicos realizados em mais de 350 pacientes. Segundo os pesquisadores, a pele de tilápia tem alto potencial de regeneração, abrevia a dor do paciente, além de reduzir a troca de curativos e os custos operacionais clínicos.

O coordenador da pesquisa, Edmar Maciel, explica: “Ele age como curativo temporário que evita a troca de curativo, reduz a perda de líquido e a contaminação do meio externo para dentro da ferida. Dependendo da profundidade da queimadura a recuperação pode acontecer em um intervalo de 2 dias a até um mês e meio”, explicou.

Contudo, no que diz respeito à remessa da pele, há entraves burocráticos.
O pesquisador Carlos Roberto Paier esclarece que a pele da tilápia é um produto experimental, ainda não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), motivo pelo qual o envio do material ainda é burocrático.

“É preciso ter uma empresa interessada em fazer a transferência da tecnologia. Se a empresa adquirir essa tecnologia e passar a produzir a pele da tilápia industrialmente, o produto poderá ser comercializado e passará a ser fiscalizado pela Anvisa”, explica.

No vídeo abaixo, você pode saber um pouco mais sobre o tema:

Parabéns aos pesquisadores da UFC! Reconhecemos a grandeza do seu trabalho, bem como a nobreza da disposição ao auxílio!






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