Pedreiro que pedalava 42 km por dia para estudar se forma em direito

Em tempos como o nosso, em que o valor da educação cessa de ser colocado em dúvida (frequentemente de maneira proposital, por aqueles a quem compete garantir que o direito à educação seja usufruído por todos) o empenho do seu Joaquim Corseno, de 63 anos, não pode senão nos provocar admiração e despertar em nós uma certa esperança.

Joaquim, natural de Itaumirim (MG) e radicado, contudo, em Vitória, no Espírito Santo, aos 20 anos concluiu um curso técnico em Administração e passou no vestibular para Ciências Contábeis. As dificuldades da vida, no entanto, o impediram de realizar, naquele contexto, o sonho de cursar o ensino superior. Joaquim precisava de emprego, começou a trabalhar como ajudante de pedreiro e, tendo com o tempo aprendido o ofício, fez dele a profissão que exerceria por boa parte da vida.

O sonho do diploma Joaquim jamais abandonara. Joaquim economizou por anos para para poder realizá-lo, R$ 55 mil ao todo. Em 2008, voltou para a faculdade. Cursou quatro semestres. Um amigo, entretanto, precisou de ajuda, dinheiro emprestado. Joaquim emprestou e não foi pago, precisou interromper os estudos mais uma vez e juntar mais dinheiro. “Um amigo pediu R$ 4.500 emprestados e não pagou. Aí eu tive que parar a faculdade para juntar mais dinheiro para pagar o curso todo”, contou à Rede Globo.

Em 2012, Joaquim voltou à faculdade. Sem ter como se locomover de outra maneira, Joaquim pedalava 42 quilômetros por dia para assistir as aulas. Apesar de todas as dificuldades, conseguiu ir até o final e hoje, bacharel em Direito, se preparava para passar na prova da OAB. O próximo objetivo de seu Joaquim é tornar-se delegado.

Confira abaixo uma reportagem com o pedreiro Joaquim Corsino.






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