
Fazer uma pergunta ao ChatGPT parece inocente – ainda mais quando você emenda um “por favor” ou “obrigado”.
Só que essas palavrinhas têm um custo bem concreto: Sam Altman, chefe da OpenAI, calculou que a cortesia digital já drenou dezenas de milhões de dólares em eletricidade da empresa.
Altman soltou esse dado no X (antigo Twitter) depois de ser questionado sobre a conta de luz da companhia. O valor assusta, mas a maioria dos usuários continua educada com os bots.
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Uma pesquisa do Tech Radar mostrou que dois terços dos entrevistados mantêm o “tom polido” por achar correto; outros 12 % dizem fazer isso por medo de um futuro à la Exterminador do Futuro, na esperança de que as máquinas poupem quem foi gentil.
Kurtis Beavers, designer da Microsoft, defendeu publicamente esse comportamento. Segundo ele, pedindo de forma respeitosa você recebe respostas igualmente respeitosas – algo próximo ao espelhamento de tom que já conhecemos em interações humanas.

Em ambiente corporativo, esse detalhe pode evitar respostas ríspidas e melhorar a colaboração homem–máquina.
Cortesia, porém, pesa no bolso (e na rede elétrica). Cada palavra extra de um prompt força servidores a calcular por mais tempo, gastando mais energia.
O Washington Post comparou: gerar um e‑mail de 100 palavras toda semana, durante um ano, puxa 7,5 kWh – o bastante para deixar nove casas de Washington, DC acesas por uma hora.

Somando tarefas parecidas em milhões de chats diários, pesquisadores estimam que sistemas de IA já respondam por cerca de 2 % do consumo elétrico global – parcela que sobe rápido conforme novas aplicações pipocam.
Se um simples “obrigado” pode custar mais do que parece, a próxima busca vale um pensamento: será que a gentileza digital compensa quando multiplicada pelo mundo inteiro?
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