
Alguns filmes te seguram pela mão. Fratura, disponível na Netflix, aperta seu braço com força e não solta até os créditos finais. Lançado em 2019, esse thriller psicológico dirigido por Brad Anderson pode parecer simples à primeira vista, mas engana fácil.
O que começa com uma ida ao hospital se transforma em um labirinto mental que deixa o espectador tão perdido quanto o protagonista.
Sam Worthington interpreta Ray Monroe, um homem que está tentando manter a sanidade após um acidente envolvendo sua filha.
Leia também: Pessoas estão ficando surpresas com detalhe ‘inusitado’ nas vestes do Papa Leão durante a missa
Ao chegar a um hospital para buscar ajuda médica, sua esposa e a criança são levadas para exames… e somem sem deixar rastros. Quando Ray questiona, ninguém parece se lembrar delas. Pior: os registros hospitalares indicam que ele chegou sozinho.
É nesse ponto que Fratura começa a brincar com as fronteiras entre realidade e alucinação. O roteiro nos coloca dentro da mente de Ray — ou será que é dentro de algo ainda mais caótico?
Conforme ele tenta provar que está dizendo a verdade, o espectador vai se questionando: será que o hospital está encobrindo algo terrível? Ou Ray está em colapso, criando uma narrativa para esconder algo ainda mais sombrio?
O maior acerto do filme está justamente nessa dúvida constante. Nada é explícito demais, mas cada cena joga uma nova peça no quebra-cabeça.
A ambientação é opressora, com corredores frios e uma trilha sonora que mais parece um zumbido crescente. Tudo foi pensado para criar desconforto — e funciona.
Mas é o final que transforma Fratura em um daqueles filmes que você precisa conversar sobre depois. A reviravolta final é dura, corajosa e cruel.
Quando a verdade é revelada, ela não vem com alívio. Vem com choque. E essa escolha narrativa, que foge do comum, é o que dá força à experiência.
Mesmo sem efeitos grandiosos ou sequências mirabolantes, Fratura acerta em cheio ao contar uma história sobre perda, trauma e as mentiras que a mente pode criar para nos proteger — ou nos destruir.
Para quem curte thrillers psicológicos com viradas que te pegam desprevenido, esse é daqueles que merecem ser vistos até o fim, de preferência sem distrações. Está disponível na Netflix e, se você ainda não assistiu, saiba que o impacto final é daqueles que reverberam muito depois da tela escurecer.
Leia também: 5 filmes e séries imperdíveis que chegam em junho à Netflix, Max, Globoplay e Prime Video
Compartilhe o post com seus amigos! 😉