Motorista de ônibus de Rio Claro muda trajeto para socorrer um passageiro: ‘Só pensei nele’, diz

Janaina Stefani Domingues, motorista de ônibus de Rio Claro (SP), tomou nesta quarta-feira (29), enquanto trabalhava, uma decisão que, infelizmente, nos soa um tanto incomum: a decisão de não permanecer impassível diante do sofrimento alheio. Enquanto diria, uma passageiro passou mal, parecia estar tendo uma convulsão. Janaína não pensou duas vezes: mudou rapidamente o trajeto do ônibus, assumindo o risco de eventualmente não ser compreendida e de ser repreendida pelos seus superiores, e levou o passageiro até o hospital mais próximo.

“Se eu fosse chamar o Samu, até eles chegarem e retirarem ele de dentro do ônibus poderia demorar muito mais, então eu reagi rápido e avisei o pessoal que ia mudar a rota”, contou Janaína ao site de notícias G1. “No momento de imediato, parei o ônibus e liguei para a empresa. Avisei que estava desviando o caminho para socorrê-lo e desliguei, nem pensei. A prioridade, em primeiro lugar, é o ser humano”, concluiu.

O caso, como era de se esperar, viralizou pelas redes sociais. Na empresa de que é funcionária, Janaína foi parabenizada tanto pelos companheiros de trabalho quanto pelo chefe, todos admirados pelo ato heroico da colega. “Foi surpreendente, eu não estava esperando isso. Eu fiz o bem sem pensar e o pessoal está me elogiando muito. Acho que foi um gesto diferente e as pessoas até se espantaram. Nunca esperava que isso fosse acontecer”, disse Janaína a respeito de toda essa repercussão.

O passageiro salvo por Janaína, Marcos Roberto Moreira, de 47 anos, já passa bem. Eles se reencontrou com a motorista nesta quinta-feira e lembrou com carinho da atitude. Nas suas palavras, Janaína “foi excelente, uma heroína. Fiquei tão emocionado pelo que ela fez”.

Ajudarmos ao próximo é sempre, em qualquer circunstância, algo que deve ser encarado com alegria, como uma oportunidade que a vida nos dá de nos tornarmos mais humanos, mas, às vezes, mais que isso, a vida de alguém pode depender de nós de tal maneira que a nossa ajuda não pode ser vista senão como uma obrigação, uma ordem, e sermos capazes de ouvir e obedecer a essa ordem diz muito sobre quem somos. Janaína demonstrou compreender isso muito bem.

Com informações de G1






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