Limpar a casa faz tão mal às mulheres como fumar 20 cigarros por dia

Publicado originalmente em Coruja Prof

“O contato com os produtos usados para limpar a casa provoca tantos danos nos pulmões das mulheres como fumar um maço de cigarro por dia. O estudo que levou a esta conclusão não encontrou, no entanto, o mesmo efeito nos homens”, diz o artigo publicado no último dia 18 de fevereiro pelo site Sapo, de Portugal.

Segundo o artigo, para as mulheres, limpar “pode representar um risco para a saúde respiratória”. A afirmativa foi baseada numa pesquisa da Universidade de Bergen, na Noruega e publicada pelo jornal da Sociedade Toráxica Americana. O resultado teria sido baseado na análise dos pulmões de mais de 6.200 pessoas em duas ocasiões. Primeiramente, quando tinham uma média de 34 anos e 20 anos depois: O enfoque das perguntas era se as pessoas trabalhavam com limpeza/faxina e se usavam produtos químicos e sprays, assim como a regularidade do uso.

“..as mulheres que faziam limpezas, quer fosse uma vez por semana na sua própria casa ou a nível profissional, mostravam um declínio “acelerado” na capacidade pulmonar, comparável ao consumo de 20 cigarros em 10 ou 20 anos. Já nos pulmões dos participantes do gênero masculino não foi encontrado qualquer efeito do uso de produtos de limpeza.”

Os autores, ainda segundo artigo, sugerem que a redução da capacidade pulmonar seria decorrente do uso dos produtos químicos dos produtos de limpeza, pois eles irritam as mucosas que revestem as vias respiratórias, o que, com o tempo, resulta em alterações permanentes. Já no caso dos homens que parecem não ser afetados, os investigadores acreditam que a explicação resida no fato de os seus pulmões serem menos suscetíveis a esse impacto, uma vez que estudos anteriores mostraram que os pulmões dos homens são mais resistentes aos danos provocados por vários agentes irritantes, incluindo o cigarro.

“Enquanto os efeitos a curto prazo dos químicos de limpeza na asma estão cada vez mais documentados, falta-nos conhecimento sobre o impacto a longo prazo“, afirma Cecile Svanes, da Universidade de Bergen. “Receamos que esses químicos, ao danificarem um pouco as vias respiratórias, dia após dia, ano após ano, pudessem acelerar a taxa de declínio da função pulmonar que ocorre com a idade.”

“Quando se pensa na inalação de pequenas partículas de agentes de limpeza destinados a limpar o chão e não os pulmões, talvez não seja surpreendente” o impacto destes produtos, concluiu Oisten Svanes, co-autor do estudo.






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