Quando um thriller espanhol começa a crescer no boca a boca, vale atenção. O Jogo da Viúva (título da Netflix para A Widow’s Game / La viuda negra) chegou discreto e, algumas semanas depois, já estava entre os comentários mais insistentes de quem gosta de crime real bem encenado — daqueles que você dá play “só para ver o começo” e, quando percebe, já terminou.
Um homem aparece morto e a investigação desmancha a imagem perfeita da esposa. A partir daí, a polícia encontra rachaduras que revelam uma vida dupla e relações que não batiam com o luto exibido em público.
O filme é baseado em fatos reais e trata o caso como um quebra-cabeça policial de ritmo constante.
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O caso real por trás do filme
A trama ficcionaliza o Crime de Patraix (Valência, 2017): o engenheiro Antonio Navarro Cerdán foi morto a facadas em um estacionamento; a investigação levou à esposa, María Jesús “Maje” Moreno, e ao amante Salvador Rodrigo.
O desfecho judicial apontou 22 anos de prisão para Maje e 17 anos para Salva, conforme registro amplamente divulgado pela imprensa internacional.
Quem assina e por que isso importa
Dirigido por Carlos Sedes, o longa reúne o mesmo núcleo criativo de “El caso Asunta” (Bambú Producciones; roteiro de Ramón Campos, Gema R. Neira e equipe).
Essa “impressão digital” explica a condução segura das pistas, a atenção aos detalhes forenses e a forma como as versões dos envolvidos vão se confrontando.
Elenco que sustenta a tensão
No centro, Ivana Baquero vive Maje com frieza calculada; Tristán Ulloa interpreta Salva com crescente desgaste emocional; e Carmen Machi é Eva Torres, a investigadora que costura as contradições do caso. O trio ancora as melhores cenas de interrogatório e reconstituição.
Com 2h02 de duração, estreou em 30 de maio de 2025 diretamente no streaming. Está disponível na Netflix no Brasil sob o título “O Jogo da Viúva”. Para encontrar: busque pelo nome em português dentro da plataforma.
Por que “vicia do início ao fim”
Base real + encenação contida: sem truques espalhafatosos, o filme aposta na progressão dos depoimentos e nas provas.
Perspectivas que se chocam: cada novo detalhe derruba a versão anterior e puxa o espectador para o próximo bloco de investigação.
Personagens ambíguos: ninguém é apresentado como “100% inocente” de cara; isso sustenta a curiosidade até as últimas cenas.
Se você curte true crime com foco em investigação, sem caricaturas e com atenção aos fatos, “O Jogo da Viúva” é aquele play que costuma virar maratona.
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