
Ruth Codd virou um rosto conhecido primeiro entre fãs de terror da Netflix e, mais recentemente, para quem acompanha reality shows britânicos.
Agora, o motivo pelo qual seu nome está espalhado por sites de entretenimento é outro: aos 29 anos, a atriz irlandesa contou publicamente que passou por uma segunda amputação de perna, mantendo o tom direto e bem-humorado que a fez crescer nas redes.
Em um vídeo publicado no TikTok, gravado na casa dos pais, Ruth faz aquele anúncio meio “boas e más notícias”.
A parte boa, brinca, é que está de volta postando conteúdo; a parte ruim é que não consegue mais filmar no quarto com o papel de parede azul, porque ele fica no andar de cima – e ela acabou de passar por uma nova amputação abaixo do joelho.
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Na gravação, aparece sentada em uma cadeira de rodas, que ela apresenta com ironia como sua “nova máquina”, em inglês seu “new whip”, e que ganhou até nome: Fat Tony.
A cirurgia é consequência de uma história longa. Aos 15 anos, Ruth machucou seriamente o pé jogando futebol. A lesão nunca cicatrizou direito, e ela passou por uma sequência de operações que não resolveram o problema.
Aos 23, depois de anos de dor crônica e dificuldades para andar, ela tomou a decisão de amputar a perna direita abaixo do joelho, na tentativa de recuperar mobilidade e qualidade de vida.
A vida com prótese trouxe independência, mas não zerou os desafios. Por muito tempo, Ruth apoiou boa parte do peso do corpo na perna que havia restado, usando muletas como apoio constante.
Esse esforço forçado detonou articulações e ossos do outro pé, a ponto de, em 2021, ela precisar amputar os dedos dessa perna por causa dos danos acumulados. Mesmo com ajustes e cirurgias, as dores e limitações continuaram.
Segundo a própria atriz, a decisão pela segunda amputação foi tomada depois de uma série de tentativas sem sucesso para salvar o membro.
Ela contou em entrevistas e vídeos que andar de muletas por anos “arruinou” suas articulações, e que a perspectiva de seguir assim, com dor constante e dificuldade para se mover, começou a pesar demais.
A escolha, então, foi radical: retirar também a outra perna abaixo do joelho e apostar em um futuro com duas próteses, em vez de seguir convivendo com um pé que já não funcionava.
Nos relatos recentes, Ruth mantém um tom surpreendentemente leve. Ela diz que espera se sentir “imparável” (“unstoppable”) quando estiver adaptada às duas próteses e que, por mais estranho que pareça para quem vê de fora, a amputação significa menos dor e mais liberdade.
Médicos estimam que a recuperação inicial deve levar pelo menos algumas semanas, até que o membro esteja pronto para o encaixe da nova prótese.
A forma como ela fala do assunto não vem do nada. Ruth construiu uma comunidade grande nas redes durante a pandemia, quando começou a postar vídeos no TikTok misturando humor, desabafo e conteúdo sobre deficiência.

Essa presença chamou atenção de produtores de casting e acabou abrindo um caminho improvável: de cabeleireira em Wexford, na Irlanda, ela foi parar em uma produção global da Netflix.
O primeiro grande trabalho como atriz foi em “The Midnight Club” (O Clube da Meia-Noite), série de terror de Mike Flanagan para a Netflix, em 2022.
Lá, ela interpretou Anya, uma personagem com deficiência que não é reduzida à condição física – algo que fãs elogiaram justamente por fugir da caricatura.
Em 2023, Ruth voltou a trabalhar com Flanagan em “The Fall of the House of Usher” (A Queda da Casa de Usher), desta vez em um papel de maior destaque, como Juno Usher.
Em 2025, ela ganhou ainda mais visibilidade com a participação no reality britânico “The Celebrity Traitors”, em que famosos tentam descobrir quem são os “traidores” infiltrados no grupo. Ela não chegou à final, mas foi elogiada pelo jeito atento com que lia as dinâmicas do jogo e pelos comentários afiados.
Logo em seguida, seu nome voltou aos holofotes ao ser confirmada no elenco da versão live-action de “How to Train Your Dragon” (Como Treinar o Seu Dragão, 2025), no papel de Phlegma the Fierce, uma guerreira viking que, inclusive, também tem uma amputação na história.
Essa trajetória reforça um ponto que muita gente sublinha ao falar de Ruth Codd: ela não se limita a “representar” pessoas com deficiência, ela leva para o set a experiência concreta de viver com amputações e dor crônica, e faz isso sem suavizar o assunto nem transformar tudo em discurso pesado.
O vídeo em que anuncia a segunda cirurgia segue essa linha: fala de perda, dor e limitação, mas também ri da própria situação, mostra a cadeira de rodas, comenta sobre o quarto inacessível no andar de cima e deixa claro que pretende seguir trabalhando diante das câmeras.
Ao comentar a nova fase, Ruth faz questão de lembrar que a decisão não foi impulsiva. Foram anos de consultas, fisioterapia, cirurgias e tentativas de “arrumar” o que o futebol estragou lá atrás, aos 15 anos.
Quando ficou claro que a tentativa de preservar o membro estava custando mobilidade, trabalho e bem-estar, a perspectiva da amputação deixou de ser um pesadelo e virou um meio de seguir em frente — algo que ela transmite com uma honestidade incomum, tanto nas redes quanto nas entrevistas.
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