Muito antes de começar a aterrorizar as abelhas do estado de Washington, nos EUA, a vespa gigante assassina já era apreciada pelos japoneses como iguaria culinária, seja como um lanche, por sua crocância entorpecente, ou pelo toque venenoso e revigorante que dão a bebidas alcoólicas. É o que lembra uma reportagem do “New York Times“, publilcada nesta segunda-feira.

O inseto, assim como outras variedades de vespas, é tradicionalmente considerado comestível na região central de Chubu, no Japão. As larvas são frequentemente preservadas em frascos, fritas ou cozidas no vapor com arroz para fazer um prato chamado hebo-gohan. Os insetos adultos, que podem ter cinco centímetros de comprimento, são fritos no espeto, com ferrão e tudo, até a carapaça ficar leve e crocante. Eles deixam uma sensação de calor e formigamento na boca, conta o jornal americano.

“Os insetos adultos, que podem ter cinco centímetros de comprimento, são fritos no espeto, com ferrão e tudo, até a carapaça ficar leve e crocante.”

 

As vespas asiáticas também podem dar um toque extra no licor. Espécimes vivos são afogados em shochu, uma bebida destilada clara. Na agonia da morte, eles liberam seu veneno no líquido, que é armazenado até que ganhe um tom escuro de âmbar. A verdadeira emoção, no entanto, não está em comer ou beber os insetos, mas em caçá-los, diz o “NYT”.

Nos primeiros meses do verão, ainda de acordo com o jornal, os caçadores rastreiam as vespas gigantes até suas enormes colmeias, que podem abrigar até mil insetos e suas larvas, nos buracos de árvores podres ou no subsolo. Eles atraem um zangão com uma serpentina presa a um pedaço de peixe e, quando o inseto pega o pedaço e sai, a equipe de caça entra em uma corrida de obstáculos pela floresta. Ao encontrar o ninho, atordoam as vespas com fumaça, depois usam motosserras e pás para extraí-las.

Em outros casos, as colmeias são erradicados por exterminadores profissionais. Torao Suzuki, de 75 anos, disse ao “NYT”que remove de 40 a 50 ninhos por ano, e é picado até 30 vezes por temporada. “Dói, incha e fica vermelho, mas é isso. Acho que estou imune”, minimizou ele, que não come os insetos: “Mesmo quando digo às pessoas, elas vão te picar, elas ainda as comem. Dizem que isso os torna potentes ”. Suzuki contou também que vende as colmeias, troféus populares na região: elas adornam vestíbulos e salas de estar em residências, escolas e escritórios públicos.

Fonte: Pensar Contemporaneo

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