
Começa com um estrondo — e não pelos fogos do feriado. Em 4 de julho de 2003, uma jovem chamada Samantha Yeung é baleada no Central Park, e esse crime abre fendas por toda Nova York. A cada nova pista, a cidade revela camadas de gente conectada por escolhas antigas, interesses privados e mentiras bem treinadas.
Baseada no best-seller de Garth Risk Hallberg e disponível no Apple TV+, Cidade em Chamas foi criada por Josh Schwartz e Stephanie Savage (conhecidos por séries que mergulham em relações, status e consequências).
Aqui, eles cruzam drama criminal com drama familiar, testando lealdades enquanto a polícia tenta entender quem queria silenciar Samantha — e por quê.

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O caso policial cresce junto de outro problema: incêndios em sequência pelo centro da cidade. As chamas viram pista e metáfora. Ao redor delas, a série acompanha a cena musical indie de 2003 — bares apertados, demos gravadas às pressas, bandas tentando acontecer — e uma família da elite que precisa manter aparência, controlar danos e esconder rachaduras que não cabem em nota de esclarecimento.
A investigação segue dois trilhos que vivem se cruzando: de um lado, os vestígios forenses e contradições nos depoimentos; de outro, os nós afetivos entre amigos de Samantha, músicos, herdeiros e funcionários leais demais.

O roteiro trabalha com conexões improváveis, mostrando como um tiro num parque pode alcançar escritórios envidraçados, porões de ensaio e cofres de segredos antigos.
O período escolhido não é gratuito. 2003 traz celulares modestos, fóruns em alta e ruas filmadas por câmeras que nem sempre funcionam — condições perfeitas para pistas incompletas e versões rivais dos mesmos fatos. A trilha sonora reforça o clima: guitarras, baterias diretas e letras confessionais que comentam as cenas sem didatismo.

A série também funciona como retrato de poder. Os herdeiros disputam liderança como se fosse um negócio; os músicos aprendem que reputação tem preço; os investigadores encaram pressões de imprensa e gente influente. Nesse circuito, cada gesto público tem um custo privado, e cada silêncio tem dono.
“Cidade em Chamas” arma o enredo com mistério contínuo, cortes que revelam informações no momento exato e personagens que raramente falam tudo o que sabem. O interesse está em acompanhar como palco, escritório e delegacia trocam de foco, mantendo a pergunta central viva: quem puxou o gatilho — e quem acendeu os fósforos que a cidade finge não ver?
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