Essa série de ficção científica da Netflix te fisga no 1º minuto e expõe um futuro assustadoramente próximo

Tem série que começa com “missão espacial” e você já pensa em tecnologia, exploração e aquele clima limpinho de laboratório.

O Mar da Tranquilidade faz o contrário: em poucos minutos, dá pra sentir que a coisa ali é mais suja, política e urgente — porque o que está em jogo não é “descobrir algo novo”, e sim sobreviver ao básico: água.

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E quando a história te leva pra uma base lunar abandonada, ela usa esse cenário como uma panela de pressão para falar de escassez, controle e decisões que ficam feias quando ninguém está olhando.

A premissa é direta e eficiente. Num futuro em que a Terra vive uma crise pesada de recursos (com racionamento e desigualdade ficando ainda mais explícitos), uma equipe é enviada à Lua para recuperar amostras numa estação de pesquisa chamada Balhae, onde um acidente matou quase todo mundo anos antes.

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A missão tem prazo curto e pouca margem pra erro — e, claro, a estação guarda segredos suficientes pra transformar “operação técnica” em suspense de sobrevivência.

O elenco ajuda muito a sustentar esse clima sem precisar de discurso. Bae Doona vive a cientista Song Ji-an, que entra na missão também por motivos pessoais ligados ao que aconteceu na Balhae; Gong Yoo é Han Yoon-jae, o líder que tenta manter o time vivo enquanto a situação sai do controle; e Lee Joon aparece como Ryu Tae-seok, engenheiro com camadas (e interesses) que a série vai revelando aos poucos.

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A dinâmica entre eles funciona porque ninguém ali parece “herói de manual”: são profissionais pressionados, cometendo erros plausíveis e tomando decisões difíceis.

O que prende logo de cara é o jeito como a série monta o mistério. Cada episódio entrega uma informação concreta (um registro, um detalhe de laboratório, uma incoerência na versão oficial), e isso te empurra pra frente.

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E é aqui que entra a tal “viagem no tempo” do título — não no sentido literal, mas no formato de investigação: a narrativa vive “voltando” ao acidente por pistas, gravações e reconstruções do que aconteceu, como se o presente fosse obrigado a revisitar o passado pra destravar o próximo passo. Esse vai-e-vem dá ritmo e evita que a história vire só gente correndo em corredor escuro.

Visualmente, O Mar da Tranquilidade acerta quando usa a estação como labirinto funcional (não como cenário “bonitão” de cartão-postal). O design passa uma sensação de lugar real: trancas, setores, protocolos, falhas, improvisos.

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E o suspense não depende só de susto: muitas cenas são sobre falta de informação, disputa por comando e decisões tomadas “em nome do bem maior” — que é exatamente onde a série cutuca temas bem atuais, tipo gerenciamento de crise, controle institucional e quem paga a conta quando o recurso vira moeda.

Pra quem vale: se você curte ficção científica que mistura missão, mistério e paranoia com uma camada social bem pé no chão, aqui tem material.

E se você tem preguiça de série longa, melhor ainda: são 8 episódios com duração na faixa de 39 a 51 minutos, lançados na Netflix!

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.