Domingo, 5 de outubro, no “Fantástico”: Manuela Dias resolveu jogar luz sobre o segredo mais vigiado da TV e contou que a equipe gravou dez versões diferentes para o assassinato de Odete Roitman — expediente pensado para blindar o desfecho até o último minuto. A autora explicou que filmou duas possibilidades para cada um dos cinco suspeitos: em uma, o personagem mata; na outra, não. Resultado: nem o elenco tem certeza de quem puxou o gatilho.
Manuela detalhou ainda a logística do sigilo. Só duas pessoas sabem o final guardado “a sete chaves”: ela e o diretor artístico Paulo Silvestrini.
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O mistério sustenta a pergunta que atravessa gerações — “quem matou Odete?” — agora revisitada no remake cuja cena da morte foi ao ar na segunda, 6/10. Para completar o jogo de pistas, os cinco nomes na roda são: Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira).
Houve também uma confissão de bastidores: a autora disse que chegou a mudar de ideia sobre o responsável mais de uma vez ao longo da escrita. “Mudou e depois mudou de novo”, admitiu, reforçando a natureza de obra aberta da novela — a história ganhou contornos no ar, à medida que personagens e tramas reagiam ao público e ao próprio desenvolvimento do enredo.
Como gesto de memória afetiva, a sequência foi pensada com homenagem direta à versão de 1988: o figurino usado por Débora Bloch na cena ecoa o look imortalizado por Beatriz Segall no original. É um aceno para quem acompanhou a primeira “Odete” e para quem chega agora pelo remake.
Para dimensionar a estratégia, vale lembrar que, na novela clássica, também houve múltiplos desfechos preparados — prática que volta agora de forma ainda mais radical, com dez finais completos para despistar curiosos e vazamentos. O espírito é o mesmo: preservar a revelação e entregar o impacto na tela.
Quem quiser conferir o tom da entrevista em que Manuela revela os bastidores do segredo pode assistir ao trecho exibido pelo programa e replicado nas redes sociais da Globo — com a autora cravando: “gravamos os cinco suspeitos matando e não matando”.
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