Assalto, luxo e golpe: o thriller sueco da Netflix que começa discreto e termina virando tudo de cabeça para baixo

Ascensão social, adrenalina e escolhas ruins: Uma Vida Honesta pega um garoto do interior e o joga no eixo luxo–crime da Suécia contemporânea.

Baseado no livro de Joakim Zander (2022) e dirigido por Mikael Marcimain, o filme chega à Netflix com ritmo de thriller urbano e olhar atento para desigualdade, vaidade e oportunismo.

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O ponto de partida é Simon (Simon Lööf), recém-chegado à Universidade de Lund. Ele se matricula em Direito, mas sonha em escrever — sem ter tema, disciplina ou grana.

Logo na chegada, tromba com um protesto que vira corre-corre com a polícia, já anunciando o tipo de confusão que vai moldar suas próximas decisões.

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Para evitar o dormitório estudantil, Simon aluga um quarto no apartamento de Victor (Fabian Hedlund), playboy que vive de festa e conexões. Entre bicos como faz-tudo em boate e a faxina pós-ressaca dos amigos ricos, Simon percebe o abismo entre quem manda e quem serve. Marcimain filma esses contrastes sem discurso, usando ambientes — a pista, o after, o quarto alugado — como mapas de poder.

O eixo muda quando Simon reencontra Max (Nora Rios), a manifestante que o ajudou no tumulto inicial. Charme e persuasão entram em campo: ela o puxa para uma quadrilha que invade mansões de empresários e políticos atrás de objetos de luxo.

Sem ideologia, Simon topa por instinto de sobrevivência. Max opera na fronteira entre sedução e cinismo; ele, entre medo e ambição.

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A narrativa cresce em camadas: conflitos de classe com cara de romance criminal, amizade que vira chantagem, deslize que vira profissão. As escolhas de Simon sempre cobram preço — às vezes no corpo, às vezes no bolso, quase sempre na consciência.

Marcimain conduz com câmera precisa, luz fria e trilha que aperta o peito, enquanto o elenco sustenta o tom: Lööf como anti-herói hesitante, Hedlund como anfitrião venenoso e Rios como faísca que acende o plano.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.