Jovem viaja 18 anos no tempo para evitar a morte da sua mãe nesta nova série que já é nº 1 na Netflix

Quem abre a Netflix hoje encontra no topo um drama japonês que conquistou o primeiro lugar em menos de uma semana.

Erased (2017), adaptação em live-action do mangá Boku dake ga Inai Machi, entrega suspense policial com um tempero de ficção científica fácil de maratonar: são só 12 episódios enxutos, dirigidos por Ten Shimoyama e filmados em Hokkaido, a ilha nevada que vira cenário crucial na trama.

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Logo de cara conhecemos Satoru Fujinuma, um entregador de pizzas de 29 anos que carrega um talento incômodo: sempre que algo terrível está prestes a acontecer perto dele, o tempo dá um “salto-replay” de alguns minutos — fenômeno que ele apelidou de Revival. Até então, Satoru usava o poder de forma intuitiva, salvando desconhecidos de acidentes banais.

Tudo sai do controle quando a mãe dele, Sachiko, jornalista investigativa aposentada, é esfaqueada dentro do apartamento familiar. A polícia chega rápido, encontra circunstâncias suspeitas e acusa o próprio Satoru de homicídio.

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Antes das algemas fecharem, o Revival atua de novo — só que, em vez de minutos, o relógio retrocede 18 anos e o protagonista acorda como aluno do quinto ano, em 1988, usando uniforme escolar e mochila cheia de gibis.

De volta às salas de aula coloridas de um Japão pré-internet, o garoto percebe que salvar a mãe no futuro exige resolver uma série de sequestros que atormentaram a cidade naquela época.

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Três colegas — Kayo, Hiromi e Aya — desapareceram sem deixar rastros, e Satoru lembra que o caso ficou arquivado quando o principal suspeito morreu na prisão décadas depois. Ele agora dispõe da memória de adulto para rastrear pistas que as autoridades ignoraram.

Além da investigação, a série mergulha em temas sensíveis como negligência infantil e isolamento social. Kayo, primeira vítima da cadeia de crimes, sofre maus-tratos em casa; cenas breves, porém impactantes, mostram que impedir um assassinato não basta — é preciso romper ciclos tóxicos.

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A produção compensa o baixo orçamento com direção de arte caprichada: a paleta gelada diferencia o presente sombrio de 2006, enquanto o passado recebe tons quentes que lembram fitas VHS. A trilha sonora de Yuki Hayashi, compositor de My Hero Academia, combina piano melancólico a batidas eletrônicas discretas, sublinhando a tensão sem distrair o espectador.

Com episódios de pouco mais de 25 minutos, Erased mantém ritmo ágil e fecha pontas soltas sem enrolar o público.

Quem curte tramas de viagem temporal como Dark ou Alice in Borderland encontra aqui uma história fechada, repleta de viradas inteligentes — e, acima de tudo, um retrato afiado da culpa e da força que alguém encontra para proteger quem ama.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.