O SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, está presente em aproximadamente dois mil municípios por todo o Brasil às disposição de boa parte da população do país, tendo salvado inúmeras vidas desde a sua criação, em 2003. Para além, contudo, do transporte de pessoas, o SAMU realiza há alguns anos atividades educativas voltadas para crianças, em alguns dos municípios em que está presente. Se trata do projeto “Samuzinho”, que também tem ajudado a salvar vidas.
Esse foi o caso quando Ana Beatriz, de 12 anos, aluna do projeto Samuzinho, realizou procedimentos aprendidos nas aulas para ajudar seu irmão, Davi, que ainda é um bebê e havia se engasgado. Graças ao que havia aprendido, Ana Beatriz foi capaz de socorrer o irmão que, de outra maneira, talvez não tivesse resistido.
“Eu cochilei um pouco, e quando abri os olhos, ele já estava sem fôlego, procurando ar e não achava”, contou Teresinha Silva, avós dos meninos, em entrevista ao G1. A avó, que não sabia o que fazer, recorreu à neta que, se dando conta de que o irmão havia engasgado, agiu rapidamente.
“Foi rápido. Me senti muito segura e fiz a manobra. Eu peguei ele, virei ele de bruços, dei tapinhas nas costas, e o líquido, que no caso foi o leite, estava saindo gradativamente”, contou Ana Beatriz, que foi a segunda aluna do projeto a salvar uma vida: recentemente outra criança foi salva por um aluno do Samuzinho após se engasgar com espinha de peixe.
“Nós do Samu iniciamos esse trabalho com as crianças porque são atenciosas e focadas, aprendem mais, e acreditamos muito que ‘primeiros socorros’ é matéria de sala de aula”, disse a técnica em enfermagem Elisângela De Jesus Pereira, membro do Projeto.
A importância de iniciativas educacionais como essa é inquestionável. Torçamos para que o Samuzinho se popularize ainda mais, formando cidadãos preocupados com a vida do próximo e ajudando a salvar vidas.
Com informações de G1
Foto: Reprodução/ TV Clube
