Não podemos nos abater se formos incompreendidos

A monja Coen escreveu, no ano de 2015, uma complilação de 108 pequenas histórias verídicas dentre as que estão registradas, algumas há séculos, em livros religiosos da Índia.

Tratam-se de “Koans”: histórias que são usadas para elucidar a vivência espiritual de modo a fazer com que a pessoa compreenda, dê sentido prático à teoria estudada.

Monja Coen foi feliz ao selecionar, um a um, “108 contos e parábolas orientais”, livro publicado pela Editora Planeta.  Ela nos traz a explanação sobre cada um desses Koans, dessas histórias, fazendo-o de forma simples, singela… serena.

Segundo a autora, o seu desejo é que “através da apreciação, reflexão, etudo e meditação sobre estes contos”, o leitor “possa acessar a mente desperta e torná-la cada vez mais sua, mais íntima, mais clara.


Abaixo, transcrevemos um Koan muito especial. Fala sobre elogios e críticas, egos e virtudes e se encontra na página 41 do livro.

58 – Crítica e elogio

Durante um reinado da Dinastia Tang, na China, um dos ministros comentou com o imperador:
– Algumas pessoas estão difamando Vossa Majestade.
revistapazes.com - Não podemos nos abater se formos incompreendidosO imperador respondeu:
– Como soberano, se acaso me cabe alguma virtude, não posso ter medo de ser difamado pelas pessoas. O que mais devo temer é ser elogiado sem ter nenhuma virtude.

Claro que nenhum de nós quer ser difamado, excluído, ofendido, criticado. Todos queremos ser amados e respeitados, incluídos e aceitos. Entretanto, recebe relogios de pessoas falsas e maldosas não tem o menor significado. Estar além de se alegrar pelos elogios e bajulações e de não se entristecer pelas críticas e difamações é o Caminho dos Sábios.

Devemos ouvir os bons conselhos de pessoas corretas. Atentar às suas considerações e tentar melhorar nossas atitudes, palavras e pensamentos de acordo com ensinamentos superiores. Mas não podemos nos abater se formos incompreendidos por quem não segue o caminho correto. É mais importante esconder as virtudes e reconhecer publicamente as nossas faltas, sem culpar os outros.

Equipe da Revista Pazes

 






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