Quatro capítulos, dois cenários que não se tocam à primeira vista e um quebra-cabeça moral que cutuca o espectador o tempo todo. “Inside Man” (2022), criação de Steven Moffat (Sherlock, Doctor Who), é daquelas minisséries que você começa “só para ver o que é” e termina debatendo cada decisão de personagem. Na Netflix Brasil, o título aparece como Inside Man e tem apenas 4 episódios.
De um lado, Jefferson Grieff (Stanley Tucci), condenado à morte nos EUA e famoso por resolver casos complexos da própria cela.
Do outro, na Inglaterra, o reverendo Harry Watling (David Tennant) se enreda numa situação que degringola rápido demais, enquanto a jornalista Beth Davenport (Lydia West) tenta localizar uma mulher que sumiu sem rastro: Janice Fife (Dolly Wells).
As linhas se cruzam quando o “detetive do corredor da morte” passa a interferir, à distância, na história do vicar e da desaparecida.
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Moffat constrói o suspense a partir de dilemas éticos: que sequência de escolhas ruins empurra alguém “comum” para um ponto sem retorno? O roteiro acelera com pistas bem colocadas, cortes secos e capítulos de ~60 minutos, o que facilita maratonar em uma noite.
Mesmo quem torce o nariz para certas decisões de personagens acaba fisgado pela curiosidade em ver como tudo vai fechar.
O quarteto principal segura a série: Tucci entrega um condenado brilhante e metódico; Tennant oscila entre afabilidade e pânico; Wells dá humanidade a Janice; West mantém a investigação pulsando. A direção é de Paul McGuigan e a trilha, de David Arnold, empurra a tensão sem exagero.
Sim — são só 4 episódios, ritmo ágil e um final que alimenta discussão. A recepção dividida da crítica ajuda: de um lado, elogios ao formato “experimento moral”; de outro, quem questiona a verossimilhança de certas viradas. Esse atrito é justamente o que deixa a experiência mais conversável depois.
Disponível na Netflix Brasil com áudio/legendas em português. O trailer oficial divulgado pela BBC dá o tom do suspense e apresenta os dois núcleos logo de cara.
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