Psicologia e Comportamento

Quando se ama, a fidelidade é um prazer e não um sacrifício

Por Marcel Camargo
O amor resiste ao tempo, à distância, às doenças, à falta de dinheiro, à falta de conforto, mas jamais sobreviverá à falta da verdade.

Muito se discute sobre a fidelidade, sobre sua importância ou não, entre outros. A questão é que se trata de algo cuja importância diz respeito a cada casal, pois o que vale para um nem sempre valerá para todos. É assim com tudo na vida. O amor não precisa de contrato, mas sim de que cada parceiro saiba exatamente o que o outro requer, para não agir de modo a quebrar expectativas e promessas.

Se, desde o princípio, a fidelidade for um pré-requisito que tranquilize os sentimentos do parceiro, não haverá outro comportamento aceitável que não o do comprometimento em não sair com mais ninguém. Não existe, aliás, relacionamento em que não seja necessário fazer concessões, pois teremos que abrir mão de certas coisas, para ganharmos outras. Roda assim a manivela do mundo.

Nesse sentido, caso a pessoa não queira conceder em nada, em nenhum aspecto que seja, então terá que se contentar em viver sozinha e, se possível, longe da sociedade, porque a convivência social, por si só, já nos impõe o estabelecimento de limites, para que não se ultrapassem os terrenos alheios. Além disso, a mentira é muito cruel com quem atinge, ainda mais quando há amor verdadeiro envolvido. Dói muito.

Na verdade, não devemos criar expectativas demais, ainda mais quando o outro já nos dá indícios de que não corresponderá ao que tanto idealizamos. Da mesma forma, não conseguiremos encontrar alguém perfeito, ou seja, aceitar os limites do outro será necessário, para que também sejamos aceitos naquilo em que não agradamos. Ainda assim, muitas vezes o outro é que nos enche de ilusões e promessas, sendo as expectativas trazidas por ele mesmo. Daí a pessoa vacila feio e quebra tudo de uma tacada só.

A gente já sofre tanto por amor, porque a vida vai tirando as pessoas, os momentos, os animais de estimação, muitos sonhos, tanta coisa sai sem razão aparente. Não é justo termos que sofrer também por amar alguém que promete o que já sabe que não cumprirá. A gente se engana de propósito, sim, mas há pessoas que enganam deliberadamente, sob falsas aparências. Ninguém teria que passar por decepções amorosas; ninguém.

Temos que aprender algo bem simples: o amor resiste ao tempo, à distância, às doenças, à falta de dinheiro, à falta de conforto, mas jamais sobreviverá à falta da verdade. Como dizem, quando se ama, a fidelidade então será um prazer e nunca um sacrifício.

Revista Pazes

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