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Jovem inocentada por júri no RS morre de câncer dois meses após sair da prisão – entenda o drama

O caso de Damaris Vitória Kremer da Rosa, 26 anos, virou símbolo de duas chagas brasileiras que se cruzam: prisão preventiva longa e acesso precário à saúde no cárcere.

Absolvida pelo Tribunal do Júri de Salto do Jacuí (RS) em 13 de agosto de 2025, ela morreu cerca de 74–75 dias depois, vítima de um câncer de colo do útero diagnosticado enquanto estava presa. O sepultamento ocorreu em 27 de outubro, em Araranguá (SC).

A investigação que a levou à cadeia começou após o homicídio de Daniel Gomes Soveral, em novembro de 2018, no Noroeste gaúcho. Damaris foi presa preventivamente em agosto de 2019 e permaneceu quase seis anos encarcerada até ser levada a julgamento.

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No júri, o Conselho de Sentença absolveu a jovem de todas as acusações por falta de provas, encerrando um capítulo que consumiu sua juventude e sua saúde.

A doença apareceu ainda no presídio e, segundo a defesa, o atendimento oferecido atrás das grades foi insuficiente para investigar o quadro com a rapidez necessária.

Em março/abril de 2025, já debilitada, a prisão foi convertida em domiciliar e ela passou a cumprir medida na casa da mãe, em Balneário Arroio do Silva (SC), com tornozeleira — inclusive durante exames e sessões de tratamento.

Mesmo após a absolvição, a sequência de internações não deu trégua. Damaris morreu dois meses depois da sentença que a inocentou.

O TJRS informou que analisou pedidos anteriores de soltura e, em uma das ocasiões, negou por entender que a documentação médica apresentada não trazia diagnóstico conclusivo — posição que hoje volta ao debate diante do desfecho do caso.

A história ganhou projeção nacional não só pela tragédia, mas também pelo retrato pessoal: familiares e amigos descrevem uma jovem estudiosa, poliglota e organizada, que mantinha o plano de retomar os estudos quando saísse da prisão.

O namorado chegou a publicar um vídeo nas redes lamentando que ela “passou seis anos alimentando um câncer” enquanto tentava provar a inocência.

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Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

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