Tem gente que acha que padre tem que caber num molde: falar de um jeito, aparecer de um jeito, viver de um jeito.
Quando alguém foge disso, vem a patrulha — e, muitas vezes, ela chega em forma de ataque direto. Foi nessa linha que Padre Fábio de Melo decidiu abrir o jogo nas redes e comentar o peso das críticas que recebe há anos por causa do próprio ministério.
Na segunda-feira (16), ele publicou um texto no Instagram dizendo que convive com gente afirmando que ele “não serve” para ser padre.
Segundo o sacerdote, há quem peça a saída dele da Igreja e use rótulos pesados, como se a vocação dele precisasse passar por um tribunal informal nas redes e nas conversas de bastidor.
A partir daí, Fábio de Melo puxou a reflexão para um ponto central da fé cristã: a escolha de gente falha. Ele citou que Jesus chamou seguidores com contradições, erros e limitações — pessoas que, se fossem avaliadas por um “padrão de pureza” rígido, seriam reprovadas antes mesmo de tentar.
Na visão dele, parte do incômodo que enfrenta vem justamente do moralismo que reduz a fé a fiscalização de comportamento e não consegue lidar com nuances.
No mesmo desabafo, o padre também explicou por que insiste em atuar do jeito que atua. Ele disse que, há 24 anos, procura acolher quem aparece pelo caminho, principalmente quem se sente excluído, deslocado ou tratado como “caso perdido” por ambientes religiosos.
Para ele, esse tipo de cuidado é o que sustenta a coerência do trabalho pastoral. E deixou um recado de gratidão a quem já foi tocado por alguma palavra, atendimento ou presença dele: se isso aconteceu, ele considera que já há motivo suficiente para seguir.
Enquanto o texto dele circulava, outra frente de crítica voltou a ganhar força: uma fala da jornalista Juliana Leite, conhecida por comentar assuntos virais, durante participação no podcast “Pod Tudo e + um Pouco”.
No programa, ela questionou a postura do padre e colocou em dúvida a autenticidade dele como sacerdote, dizendo que não o enxerga como “um padre de verdade”.
Juliana também retomou a menção a uma controvérsia envolvendo o religioso e um funcionário de lanchonete, e usou isso como argumento para endurecer o tom.
Em sua fala, ela citou o fato de o padre comentar publicamente a própria depressão e insinuou que isso teria uma origem óbvia “que todo mundo sabe”, afirmando que não vê sinceridade nele.
A jornalista foi além e defendeu que Fábio de Melo deveria ser afastado da Igreja Católica. Para ela, o modo como ele vive e se expõe seria mais próximo do de uma celebridade do que do de um sacerdote, e isso, na avaliação dela, desqualificaria sua representação religiosa.
Fechando a crítica, Juliana afirmou que, como católica, não se sente representada por ele e disse que não apoia o que considera falta de “verdade” na forma como ele se apresenta — um comentário que, na prática, reforça a divisão entre quem vê o padre como alguém que acolhe e comunica e quem entende que ele se afastou do que esperam de um líder religioso.
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