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Nova minissérie de 8 episódios com Jude Law viraliza na Netflix e deixa gigantes para trás no top global!

À primeira vista, dá para achar que Black Rabbit é “só” mais um thriller criminal cheio de gente fazendo besteira em Nova York.

Mas basta o primeiro episódio engrenar pra ficar claro que a série entrou no radar do público por um motivo bem específico: o caos aqui tem rosto, memória, culpa e laços de sangue apertados demais para serem ignorados.

E é justamente essa mistura de drama familiar tóxico com bastidores de restaurante hypado que fez a minissérie disparar para o topo dos rankings da Netflix desde a estreia em setembro de 2025.

Criada por Zach Baylin e Kate Susman, Black Rabbit é uma minissérie de crime e suspense em oito episódios, estrelada por Jude Law e Jason Bateman. Law vive Jake Friedken, chef e dono de um bar-restaurante sofisticado em Nova York, tentando se manter no topo da cena gastronômica enquanto posa de empresário controlado e bem-sucedido.

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Bateman interpreta Vince, o irmão problemático, ex-sócio do negócio, que volta à vida de Jake carregando nas costas dívidas com agiotas e um histórico de decisões destrutivas.

Quando Jake decide, contra o bom senso, abrir a porta de casa e do restaurante para Vince de novo, ele assina um contrato silencioso com o crime organizado local.

A série trabalha com uma premissa aparentemente simples: um restaurante da moda, um dono que tenta manter tudo sob controle e um irmão que funciona como uma bomba-relógio ambulante.

Só que a escrita de Baylin e Susman não trata esse cenário como pano de fundo bonitinho.

Ao longo dos episódios, o roteiro vai puxando fios de temas pesados – abuso de poder, cobertura de casos de assédio para proteger gente influente, vícios, masculinidades adoecidas e o tanto de sujeira que se esconde por trás de ambientes “cool”.

Parte da trama é inspirada nas polêmicas reais envolvendo o famoso restaurante nova-iorquino The Spotted Pig, conhecido por denúncias de abusos e ambiente tóxico.

No centro de tudo, a relação entre Jake e Vince é o motor emocional da série. Jude Law constrói um chef que precisa manter a postura de anfitrião perfeito enquanto vive em estado de pânico permanente: ele equilibra investidores, críticos gastronômicos, equipe de cozinha, vida amorosa, polícia e mafiosos como se estivesse girando pratos em cima de varetas, sabendo que um deslize derruba o restaurante inteiro.

Jason Bateman, por sua vez, abandona o ar de sujeito calculista de Ozark e mergulha num Vince que mistura culpa, vício, charme destrambelhado e uma capacidade absurda de puxar confusão para dentro do bar.

A química entre os dois é o que dá peso real aos conflitos – não é só “irmão brigado”, é uma dupla que carrega traumas de infância, segredos de família e uma sensação constante de dívida emocional.

O elenco ao redor deles ajuda a dar corpo ao cenário de alta gastronomia encostando no submundo.

Cleopatra Coleman faz Estelle, a designer responsável pelo visual sofisticado do Black Rabbit e namorada de Wes, um astro da música e investidor do restaurante; Sope Dirisu vive esse músico bem-sucedido que empresta credibilidade e dinheiro ao lugar, mas acaba tragado pela espiral de violência; Amaka Okafor interpreta Roxie, a chef talentosa que tenta se afirmar em um ambiente onde homens poderosos decidem o que vale e o que pode ser varrido para baixo do tapete.

Há ainda Troy Kotsur como um chefão do crime de presença silenciosa e ameaçadora, reforçando a sensação de que, ali, qualquer acordo tem um preço que não dá pra pagar só em dinheiro.

Visualmente, Black Rabbit abraça uma Nova York noturna, cheia de interiores apertados, cozinhas fervendo, corredores de serviço, becos, carros escuros parados em frente a portas discretas.

A fotografia privilegia luz baixa, reflexos em vidro, metal, neon, criando a sensação de que o espectador está sempre espionando algo que não deveria ver.

Os episódios dirigidos por Jason Bateman, Laura Linney, Ben Semanoff e Justin Kurzel mantêm uma tensão constante: mesmo nas cenas de pessoas conversando numa mesa, existe a impressão de que alguém vai entrar pela porta com uma arma ou um segredo pronto para explodir reputações.

Em termos de ritmo, a série aposta em escalada gradual. O primeiro episódio já abre com um assalto violento numa festa privada, mas o foco nunca é só o tiroteio em si – o interesse está em entender como aquele evento virou inevitável a partir de decisões tomadas meses antes, em conversas aparentemente inofensivas, em favores aceitos na hora errada.

A narrativa volta no tempo, costura flashbacks da época em que os irmãos eram músicos de banda alternativa e vai mostrando como a promessa de sucesso foi sendo trocada por concessões morais cada vez maiores.

A trilha, com participação de Albert Hammond Jr. (The Strokes) na criação das músicas da banda dos irmãos, reforça essa camada de passado que assombra o presente.

Na recepção, Black Rabbit virou rapidamente um dos títulos mais comentados da plataforma. Relatórios de audiência e listas especializadas apontam a minissérie no topo ou entre os primeiros lugares das produções mais assistidas da Netflix em setembro de 2025, tanto em rankings globais quanto em medições de streaming nos EUA, ficando atrás apenas de gigantes como Wednesday em alguns levantamentos.

Em uma das semanas pós-lançamento, a produção chegou a liderar listas de “mais vistos” em serviços de medição independentes, acumulando milhões de horas assistidas e um número alto de espectadores únicos, o que ajuda a sustentar a ideia de que o boca a boca fez a série “estourar” rápido.

Crítica e público, no entanto, não tratam Black Rabbit como obra perfeita. Há quem veja no roteiro uma certa predileção por acumular desgraça em cima de desgraça, como se o sofrimento fosse o combustível principal para manter o espectador grudado, e algumas análises apontam que, apesar do elenco forte, a série às vezes desliza para soluções previsíveis dentro do gênero de drama criminal.

Ainda assim, a maior parte dos textos sobre a produção reconhece que, mesmo quando escorrega, ela segura a atenção com atuações consistentes e uma ambientação que retrata a vida noturna nova-iorquina como um labirinto de glamour e cinismo, onde comida, bebida, fama e violência se misturam à mesa.

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Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

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