Em fevereiro de 2024, na cidade pesqueira de Saldanha Bay, África do Sul, a pequena Joshlin Smith, de apenas seis anos, desapareceu sem deixar rastros. O caso mobilizou a comunidade local e rapidamente ganhou atenção nacional.
No entanto, a comoção inicial deu lugar ao horror quando investigações revelaram que a própria mãe da criança, Racquel “Kelly” Smith, havia vendido a filha por cerca de R$ 1.500 a um curandeiro tradicional interessado em seus olhos e pele clara.
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Durante o julgamento, que durou oito semanas, mais de 30 testemunhas apresentaram relatos perturbadores. Uma vizinha afirmou que Smith confessou ter vendido Joshlin a um “sangoma” — curandeiro tradicional africano.
Um pastor local relatou que, em 2023, a mãe mencionou a intenção de vender seus filhos por valores que variavam entre R$ 1.500 e R$ 6.250. Além disso, uma professora testemunhou que Smith disse que a filha estava “dentro de um contêiner” a caminho da África Ocidental.
Em 29 de maio de 2025, o juiz Nathan Erasmus condenou Racquel Smith, seu namorado Jacquen Appollis e um amigo, Steveno van Rhyn, à prisão perpétua por tráfico humano e a mais 10 anos por sequestro.
O juiz destacou a falta de remorso de Smith, descrevendo-a como manipuladora e insensível ao sofrimento causado. Os três também foram incluídos no cadastro nacional de criminosos sexuais e de tráfico de menores.
Apesar das condenações, Joshlin Smith continua desaparecida. A polícia sul-africana ampliou as buscas além das fronteiras do país, e o comissário de polícia do Cabo Ocidental, Thembisile Patekile, afirmou: “Não vamos descansar até descobrirmos o que aconteceu com Joshlin. Continuamos a procurá-la dia e noite.”
O caso expôs o lado mais sombrio do tráfico humano e a violação extrema da confiança familiar, deixando uma nação em choque e uma família devastada.
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