Esta é uma história que vale a pena conhecer e divulgar.
Ingeborg Rapoport, aos 24 anos de idade, possuía todos os requisitos para obter o seu título de doutorado. Faltava apenas realizar a defesa de sua tese. Contudo fora impedida, pois as leis raciais de seu país, a Alemanha nazista, a impediam de obter tal titulação.
Mas o Tempo se encarrega de pontuar a História e, 78 anos depois, já com 102 anos de idade, o mesmo país lhe concede a titulação a que tem direito, em meio a diversas homenagens.
Segundo noticiado pelo jornal El País, em 2015, “por iniciativa do decano da Faculdade de Medicina da Universidade de Hamburgo, que em um ato lhe disse palavras que não esquece: ‘A senhora terá notícias minhas em breve’. Poucos dias depois, o decano propôs fazer o possível para recuperar o seu doutorado. Desde então, os obstáculos foram muitos. Rapoport, que está praticamente cega, não podia pesquisar os avanços científicos dos últimos anos. Mas essa lacuna foi preenchida pela colaboração de colegas, que a ajudaram a ficar atualizada. Finalmente, o decano e outros professores submeteram-na a um exame em sua própria sala, há duas semanas. Ele passou na prova com louvor. “Eu não fiz isso por mim. Nessa altura da minha vida, um título não me acrescenta nada. Era uma questão de princípios. Trata-se de reparara uma injustiça que foi cometida”, diz ela. “Além disso, queria fazer bem o exame para não decepcionar o decano”, acrescenta com um sorriso.”
Narrativas como esta nos fazem refletir e ponderar sobre a “Roda Viva” da História, esperançosos de que o futuro também reserve corretivos às injustiças diversas deste nosso tempo.
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