Estudos indicam que mais de 40% dos idosos vivendo em casas geriátricas desenvolvem depressão. A doença, em estágio que precisa de intervenção, é encontrada em 10% das pessoas acima dos 60 anos. Patologia e seus tratamentos na terceira idade são tema de publicação da Organização Pan-Americana da Saúde.
O envelhecimento e suas consequências podem ser fatores de risco para a depressão. A doença, em estágio que precisa de intervenção, é encontrada em 10% das pessoas acima dos 60 anos. Estudos indicam também que mais de 40% dos idosos vivendo em casas geriátricas apresentam a patologia.
As informações são da pesquisadora Lenita Wannmacher que coordenou, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, a produção do material “Abordagem da depressão maior em idosos: medidas não medicamentosas e medicamentosas”, publicado na segunda-feira (28).
No documento, a OPAS descreve os distúrbios depressivos como caracterizados pela tristeza persistente, pela falta de interesse e pela deficiência de energia que afetam o desempenho do indivíduo no dia a dia.
Segundo Wannmacher, a depressão pode aumentar significativamente a partir dos 85 anos e devido a problemas como a incapacidade de locomoção, a diminuição da visão, o prejuízo cognitivo leve, a percepção subjetiva de perda de memória e o tabagismo.
“Estudos realizados em pessoas com 55 anos ou mais mostraram que, em média, a prevalência de depressão é de 14,4% no âmbito hospitalar, 10,4% na comunidade e 7,7% em pacientes da atenção primária”, afirmou a pesquisadora.
“Os fatores de risco associados incluíram gênero feminino, história de doenças cerebrovasculares, distúrbio de ansiedade generalizada, solidão e atendimento institucional de longo prazo”.
Na terceira idade, a patologia mental pode ser provocada por determinadas condições de saúde ou se associar a problemas já existentes como processos crônicos cardiovasculares, inflamatórios, endócrinos e autoimunes associados ao envelhecimento; uso continuado de medicamentos; e adversidades psicológicas, como isolamento social, abandono, empobrecimento, falta de solicitude de familiares, famílias pouco estruturadas, incapacidade funcional ou vulnerabilidade social.
Outras condições associadas à depressão, segundo a OPAS, são mudanças de estilo de vida como a diminuição de atividades diárias, a dependência de outras pessoas no exercício de atividades cotidianas ou a moradia em casas geriátricas; e déficits cognitivos.
Fatores hereditários também contribuem para a manifestação da doença, agravando o estado de saúde e aumentando a mortalidade.
A agência da ONU considera que o controle da depressão pode ser feito com antidepressivos e medidas não medicamentosas que, quando combinadas, revelam-se mais eficazes. Em quadros agudos, o tratamento deve ser feito com medicamentos, selecionando-se aqueles com menor potencial de efeitos adversos e de interações perigosas
Em casos graves, que exigem internação hospitalar, os antidepressivos e a eletroconvulsoterapia são comprovadamente benéficos. Esta última forma de tratamento não aumenta o risco de perda cognitiva permanente, de acordo com a avaliação da OPAS.
Segundo a Organização, as evidências sobre as intervenções não medicamentosas são parcas e conflitantes, mas uma ampla revisão considera positivas a terapia cognitivo-comportamental e a psicoterapia interpessoal.
Os antidepressivos mais novos não se mostraram significativamente mais eficazes, e muitos deles apresentam mais efeitos adversos do que os mais antigos da mesma classe.
O material publicado pela OPAS integra a série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”, que busca oferecer a profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis.
Créditos foto de capa: Eduardo Bovo / EBC / Creative Commons
Você está em busca de algo intrigante para assistir? Então talvez seja a hora de…
Se você está procurando uma história que aqueça o coração com doses generosas de autenticidade…
Os roteiristas adoram jogar com a expectativa do público, frequentemente nos surpreendendo com reviravoltas baseadas…
No domingo, 28 de abril, Maddy Baloy, conhecida no TikTok por sua coragem ao documentar…
Um anúncio que jamais desejamos oferecer ecoou por todo o país: "Ayrton Senna da Silva…
Que tal um thriller psicológico que promete mexer com os nervos e a mente? "Santuário",…