Em Um Contratempo (2016), o diretor Oriol Paulo nos apresenta um thriller espanhol que desafia o espectador a montar um quebra-cabeça complexo, onde cada peça revela uma nova camada de mistério.
A trama gira em torno de Adrián Doria (Mario Casas), um empresário de sucesso que acorda em um quarto de hotel trancado por dentro, ao lado do corpo sem vida de sua amante, Laura (Bárbara Lennie).
Sem testemunhas e com todas as evidências apontando para ele, Adrián busca a ajuda da renomada advogada Virginia Goodman (Ana Wagener) para construir sua defesa.
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O que se segue é uma narrativa envolvente, onde a verdade é constantemente questionada.
A cada nova versão dos acontecimentos apresentada por Adrián, Virginia desafia suas declarações, buscando inconsistências que possam desvendar o que realmente aconteceu. Essa dinâmica cria uma tensão crescente, mantendo o público atento a cada detalhe.
A atuação de Ana Wagener se destaca, trazendo profundidade e intensidade à personagem Virginia. Sua interação com Mario Casas é o ponto central do filme, conduzindo o espectador por uma série de reviravoltas que desafiam as expectativas.
A direção de Oriol Paulo é precisa, utilizando flashbacks e mudanças de perspectiva para construir uma narrativa que prende a atenção do início ao fim.
O clímax do filme é particularmente impactante. A revelação de que Virginia não é quem diz ser, mas sim Elvira, a mãe de Daniel Garrido, o jovem envolvido em um acidente fatal com Adrián e Laura, adiciona uma camada emocional poderosa à história.
Disfarçada como advogada, Elvira busca justiça para seu filho, extraindo uma confissão de Adrián que muda completamente a percepção dos eventos.
Um Contratempo é uma exploração das consequências das escolhas humanas e das complexidades da verdade. Disponível na Netflix, este filme é uma excelente escolha para quem aprecia narrativas que desafiam a mente e oferecem finais surpreendentes.
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