Indicação de Filme

O filme baseado em um dos casos reais mais absurdos de todos os tempos com Juliane Moore

Quem gosta de dramas criminais inspirados em fatos verídicos costuma se surpreender com Pecados Inocentes (2007). Dirigido por Tom Kalin, o longa reconstrói o escândalo dos Baekeland – herdeiros da fortuna do inventor da baquelita – e mostra como glamour, controle e segredos podem se transformar em tragédia.

Logo no início, conhecemos Barbara Daly Baekeland, vivida por Julianne Moore, figura presente na cena social de Nova Iorque e Paris nos anos 1960. Refinada para quem vê de fora, ela enfrenta um casamento em ruínas e concentra toda a atenção no único filho, Antony (Eddie Redmayne).

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À medida que Antony cresce, o roteiro salta entre cidades e décadas – de West Village a Londres, passando por Barcelona – e expõe conversas, festas e consultas médicas que deixam no ar algo perturbador. O vínculo mãe-filho, antes visto como “afeto exagerado”, torna-se sufocante, misturando ciúme, dependência emocional e manipulação.

Com o avanço do enredo, entram em cena temas como abuso psicológico, incesto e homofobia internalizada, revelando a face mais sombria de uma família que tinha tudo para ser invejada.

Kalin evita o sensacionalismo: prefere focar nos detalhes do comportamento de Barbara e Antony para explicar como o luxo pode mascarar um ambiente tóxico.

A fotografia elegante contrasta com diálogos cada vez mais carregados. O resultado é uma sensação de desconforto crescente, principalmente quando lembramos que o crime central – o assassinato de Barbara em 1972, no apartamento londrino dos Baekeland – realmente aconteceu.

Pecados Inocentes não passou pelos cinemas brasileiros na época, mas hoje pode ser visto gratuitamente no YouTube (versão legendada). Se a curiosidade for além, vale pesquisar reportagens da década de 1970 sobre o caso: elas confirmam que, por vezes, a realidade ultrapassa qualquer roteiro de ficção.

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Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

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