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Nova série de suspense da Netflix chegou “de fininho”, mas já está destruindo emocionalmente quem assiste

Chegou sem anúncio bombástico, trailer espalhafatoso ou painel na Times Square. “Delirium” pousou discretamente no catálogo da Netflix em 18 de julho e, desde então, vem ganhando força no boca a boca justamente porque ninguém termina os oito episódios com o psicológico intacto.

Base literária pesada e clima político – O roteiro adapta Delirio, romance da escritora colombiana Laura Restrepo, transpondo para a tela as feridas abertas de uma Bogotá dos anos 1980, ainda marcada por tensão social e corrupção.

A ambientação de época não é mero figurino: funciona como espelho de cicatrizes familiares e coletivas que nunca fecharam de verdade.

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Enredo que suga o ar da sala – Logo na abertura, o professor Fernando Aguilar (Juan Pablo Raba) encontra a esposa Agustina (Estefanía Piñeres) em surto num quarto de hotel.

A busca desesperada por respostas leva o espectador a um labirinto de traumas, segredos de família, dinheiro sujo e um antigo namorado com apelido profético: “Midas”. Cada flashback acrescenta uma peça desconfortável e costura temas como machismo, homofobia e saúde mental sem didatismo.

Atuação que gruda na memória – Estefanía Piñeres entrega uma Agustina frágil e ameaçadora na mesma cena; Juan Pablo Urrego surge como Midas, traficante carismático que acelera o caos; e Cristina Campuzano rouba momentos como a tia Sofía, cronista involuntária dessa dinastia disfuncional.

Por que está abalando tanta gente?

  • Os episódios misturam linhas temporais sem aviso, obrigando o público a montar o quebra‑cabeça emocional junto com o protagonista.
  • Traumas de infância, violência velada e culpa religiosa aparecem sem filtro, mas nunca como mero choque gratuito.
  • A trilha de Nicolás Uribe – repleta de dissonâncias – provoca desconforto que ecoa mesmo depois dos créditos.

Curiosidades rápidas

  • Série limitada, 8 episódios de 50 min (maratona de ~6 h40).
  • Direção dividida entre Julio Jorquera Arriagada e Rafael Martínez Moreno.
  • Já figura entre os títulos mais vistos em 20 países latino‑americanos e entrou no Top 10 global de séries não inglesas na primeira semana.

Vale o play? Se você curte thrillers psicológicos que preferem insinuar em vez de explicar e não se importa em sair da sessão com um peso a mais no peito, “Delirium” é obrigatório.

Mas aviso de amigo: guarde algo leve na fila para assistir depois – seu emocional vai agradecer.

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Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

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