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Especialista emite alerta sobre nova mania erótica com choques elétricos, que está se tornando mais popular e pode ser fatal

A busca por novidades no quarto trouxe à superfície uma prática que mistura curiosidade e risco: a eletroestimulação erótica — ou “e-stim”.

O tema ganhou espaço em redes e lojas, mas médicos e enfermeiros vêm chamando atenção para lesões graves e até mortes quando há improviso ou uso inadequado de aparelhos.

A seguir, o que é, por que preocupa e quais critérios mínimos de segurança são apontados por especialistas.

O que é e como funciona

Na eletroestimulação erótica, equipamentos aplicam correntes de baixa intensidade sobre a pele ou mucosas para provocar sensações que vão de formigamento a contrações musculares.

O efeito depende de parâmetros como frequência, voltagem, tempo de contato, área e condutividade (gel, eletrodos, pele íntegra).

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Por que há risco

Queimaduras e lesões de pele: calor gerado em pontos de contato mal posicionados, eletrodos ruins ou tempo excessivo.

Arritmias e parada cardíaca: correntes que atravessam o tórax podem desorganizar o ritmo do coração.

Espasmos e quedas: contrações involuntárias podem causar traumas.

Interferência com dispositivos médicos: marcapasso, CDI e neuroestimuladores podem falhar.

Cenários de maior vulnerabilidade: gestação, cardiopatias, epilepsia, feridas, infecções, álcool/drogas.

O que dizem profissionais de saúde

  • Dra. Sherry A. Ross (ginecologia/obstetrícia) ressalta que qualquer dispositivo elétrico gera calor e, mal manejado, pode levar de queimaduras a arritmias.
  • Brooke Faught (enfermagem, saúde sexual) pontua que o maior perigo surge com gambiarras: eletrodomésticos adaptados, fontes improvisadas e fios crus elevam muito o risco.

Há consenso: somente equipamentos projetados para uso sexual, com controle fino de parâmetros e manuais claros, devem ser considerados.

Casos que acenderam o alerta

EUA, 2008: um homem morreu eletrocutado durante masturbação com montagem caseira; a parceira chegou a tomar choque ao tentar socorrê-lo.

Pensilvânia, 2008: Toby Taylor foi acusado após a esposa sofrer parada cardíaca ligada a um arranjo doméstico que envolvia corrente elétrica direta. Laudos apontaram queimaduras compatíveis com o uso imprudente de energia residencial.

Equipamento importa (e muito)

Lojas especializadas descrevem modelos de baixa frequência como mais “formigantes” e alta frequência como mais “contráteis”. Produtos sérios trazem:

  1. Fonte limitada (não ligada à tomada de casa),
  2. Proteções contra sobrecarga,
  3. Eletrodos adequados para pele/mucosa,
  4. Manual com limites de tempo e intensidade.
  5. Uso correto tende a não deixar marcas; géis condutivos próprios reduzem pontos quentes e resistências irregulares.

Regras mínimas de segurança (se, apesar dos alertas, a pessoa insistir)

Nada de DIY: nunca usar secador, carregador, fonte de bancada ou fios soltos.

Nunca atravessar o tórax: evite qualquer trajetória que possa passar pelo coração; não usar acima da linha do umbigo é um princípio conservador.

Evitar cabeça e pescoço: risco neurológico e de espasmo de vias aéreas.

Pele íntegra e limpa: sem cortes, dermatites ou infecções.

Começar no mínimo: subir devagar e limitar o tempo de sessão.

Interromper ao menor sinal de dor, queimação, tontura, palpitação.

Contraindicado para gestantes, pessoas com marcapasso/CDI, epilepsia, cardiopatias, uso recente de álcool/drogas.

Consentimento claro e sinal combinados; nunca usar em alguém incapaz de responder.

Ter plano de emergência: saber desligar/apartar rápido e procurar atendimento se houver choque significativo, queimadura, desmaio ou dor torácica.

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Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

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