“A maioria das pessoas vive também em sonhos, mas não nos próprios”, frases de Herman Hesse

“Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido sempre um homem que busca.”

“A vida de todo ser humano é um caminho em direção a si mesmo, a tentativa de um caminho, o seguir de um simples rastro.”

“Desses acontecimentos, que ninguém percebe, é que se nutre a linha axial interna de nosso destino. A falha, a rachadura se fecham mais tarde; podem cicatrizar e cair no esquecimento; mas em nossa câmara secreta mais recôndita nunca cessam de sangrar.”

“…podemos entender-nos uns aos outros, mas somente a si mesmo pode cada um interpretar-se.”

“Sempre é bom termos consciência de que dentro de nós há alguém que tudo sabe…”

“Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente em mim. Por que isso me era tão difícil?”

“Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa; seu próprio desejo e sua própria necessidade o conduzem a isso.”

“A maioria das pessoas vive também em sonhos, mas não nos próprios, e aí é que está a diferença.”

“Não creio que se possam considerar homens todos esses bípedes que caminham pelas ruas, simplesmente porque andam eretos ou levem nove meses para vir à luz. Sabes muito bem que muitos deles não passam de peixes ou de ovelhas, vermes ou sanguessugas, formigas ou vespas.”

“Não há porque te comparares com os demais, e se a natureza te criou para morcego, não deves aspirar a ser avestruz. Às vezes te consideras por demais esquisito e te reprovas por seguires caminhos diversos dos da maioria. Deixa-te disso. Contempla o fogo, as nuvens, e quando surgirem presságios e as vozes soarem em tua alma, abandona-te a elas sem perguntares se isso convém ou é do gosto do senhor teu pai ou do professor ou de algum bom deus qualquer. Com isso só conseguimos perder-nos, entrar na escala burguesa e fossilizar-nos.”

“Não devemos temer nem julgar ilícito nada do que nossa alma deseja em nós mesmos.”

“A ave saiu do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo.”

“A única realidade é aquela que se contém dentro de nós, e se os homens vivem tão irrealmente é porque aceitam como realidade as imagens exteriores e sufocam em si a voz do mundo inteiro. Também se pode ser feliz assim; mas quando se chega a conhecer o outro, torna-se impossível seguir o caminho da maioria. O caminho da maioria é fácil, o nosso é penoso. Caminhemos.”

“Esta é minha fraqueza, meu caro Sinclair, pois às vezes percebo que não deveria sentir tais desejos, que são um luxo e uma fraqueza. Seria mais digno e mais acertado estar simplesmente à disposição do destino, sem aspirações de qualquer ordem. Mas não posso, é a única coisa que não posso fazer. Talvez tu o consigas um dia. É muito difícil, é o único verdadeiramente difícil. Já sonhei em consegui-lo, mas não o consigo realizar, me dá medo. Não posso decidir-me a ficar tão desnudo e tão só em meio da vida; também eu sou um pobre cão fraco, que necessita de um pouco de calor e de alimento e gosta de sentir-se de vez em quando entre seus semelhantes. Aquele que verdadeiramente só quer seu destino já não tem semelhantes e se ergue solitário sobre a terra, tendo ao seu lado somente os gélidos espaços infinitos.”

“Eu só esperava que meu destino se me apresentasse com uma nova imagem.”

“Todos os homens buscavam a ‘liberdade’ e a ‘felicidade’ num ponto qualquer do passado, só de medo de ver erguer-se diante deles a visão da responsabilidade própria e da própria trajetória.”

“Nunca se chega ao porto. Mas quando duas rotas amigas coincidem, o mundo inteiro então nos parece o anelado porto.”

“O que hoje existe não é comunidade, é simplesmente rebanho. Os homens se unem porque têm medo uns dos outros e cada um se refugia entre seus iguais: rebanho de patrões, rebanho de operários, rebanho de intelectuais…E por que têm medo? Só se tem medo quando não se está de acordo consigo mesmo.”

Fragmentos do livro “Demian”**, de Herman Hesse.

Hermann Karl Hesse (1877 a 1962) foi um escritor alemão, que, em 1923, naturalizou-se suíço. Ganhador do Nobel de Literatura de 1946.

**Demian: desambição






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