Estudo pioneiro traz uma radiografia do comportamento violento e bullying entre adolescentes no município de São Paulo

Com informações de USP

Mais um importante instrumento para o necessário combate ao bullying, viabilizado graças aos esforços de uma pesquisadora brasileira, professora em uma Universidade Pública, A USP. Nas palavras da professora: “É a primeira vez que um projeto no Brasil, com uma amostra representativa e grande de adolescentes, explora uma série de fatores de risco que já são bem conhecidos na literatura internacional e reconhecidos como importantes para o entendimento de mecanismos associados à violência”.

O estudo, coordenado pela Prof. Maria Fernanda T. Peres, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, envolveu a coleta de informações de 2700 adolescentes, alunos de 9º ano de 119 escolas públicas paulistanas. Financiado pela British Academy/Newton Foundation e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o projeto, iniciado em 2016, no que se refere à metodologia foi inspirado em estudos do mesmo gênero realizados em Zurique e Montevideo. O objetivo da pesquisa foi levantar informações a respeito da incidência de bullying, o perfil das vítimas e dos agressores e fatores associados à prática.

Dentre outras coisas, a pesquisa concluiu que o total de adolescentes envolvidos em bullying, seja sofrendo ou praticando, soma 33,6%. Destes, a maior parte foi vítima (28,7%) e 16,3% foram perpetradores. Os tipos de bullying que mais vitimizam são as práticas de riso, sarro ou ofensas (17,5%), seguido de atos envolvendo objetos escondidos, pegos ou destruídos (11,5%), ostracismo ou exclusão (9,7%), assédio sexual (6%) e surra, mordida, puxão de cabelo (3,7%).

O estudo também revelou que meninas, homossexuais e deficientes são as principais vítimas de bullying, fato que aponta para a importância do debate e do cultivo à tolerância no espaço escolar. Nas palavras da professora Maria Fernanda, “essa discussão é crucial num momento em que aparecem correntes contrárias à discussão desses valores nos espaços escolares. É preciso, sim, discutir e conversar”.

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